Martelo justo e perfeito
Eu desejo escrever, dia após dia,
Os meus versos de formas diferentes,
Com martelos, com foices e correntes,
E em baladas compor minha poesia.
Necessário uma dose de alquimia
Para o verso sair de qualquer jeito,
Se precisar cavar dentro do peito
Um buraco maior que o próprio mundo.
E buscar lá do fundo, bem do fundo,
O meu verso mais justo e mais perfeito!
A poesia não pode ser contida
Quando brota, inspirado, dentro d’alma.
Coração nesse instante não se acalma,
E parece abalar a própria vida.
Nesse instante a explosão deixa florida
A alegria que vem sem preconceito
No martelo não pode haver defeito,
Na cesura, na métrica e na rima.
Deve sempre brilhar de forma opima,
O meu verso mais justo e mais perfeito.
Cada verso é coluna sustentada
Nas viagens que dão Sabedoria.
Eis a Força, e a Beleza da Poesia
Trabalhando incansáveis na jornada.
É momento de glória ilimitada
Na razão mais sublime do conceito.
Se outras glórias existem não aceito,
E nem posso aceitar que um’outra exista.
É por isso que deixo nesta pista,
O meu verso mais justo e mais perfeito!
27.07.2007
Esio Antonio Pezzato
Gostou? clica abaixo em COMENTÁRIOS e deixe seu recado!
0 COMENTE AQUI:
Postar um comentário