Quando penso que a velha Inspiração é morta,
E as exéquias já estão com seu ciclo completa,
Eis que ouço uma batida estremecendo a porta,
E uma voz conhecida a me chamar - Poeta!
Esquecido do vento, e do cheiro da horta,
O outonal pintassilgo, a araponga indiscreta,
O atalho poeirento, a velha estrada torta,
A Imperatriz me chama em sua voz direta.
O verso fulge rubro, uma rima aparece,
O coração modula uma esquecida prece,
O vento sopra a luz em cadência concreta.
Catorze de Dezembro! e com cator que versos
Eu gravo num Soneto os meus sonhos imersos,
E dentro d'alma sinto o ardor de ser Poeta!
14.12.2009
Esio Antonio Pezzato
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