Enquanto a noite vai tecendo os seus mistérios,
De sombras espectrais de fátua densidade,
Muitos irão passar em velhos cemitérios,
A noite virginal dentro da Eternidade.
Corujas nos mourões em aziagos saltérios
Gemem as guturais estrofes de saudade.
A lua em seu docel lança raios cinérios,
E o rio rola manso e acalanta a Cidade.
Com passo taciturno erro no meu destino.
Vou à rua do Porto e o Elias da Ilusão
Saltitante parece em ágil bailarino.
Em mistérios me enforno enquanto a bruma desce,
A Inhala Seca desce a rua do Sabão**,
E uma índia sai do Salto e ao céu lança uma prece.
14.12.2009
** Nota do Autor : Rua do Sabão: hoje rua São José, refiro à última quadra, entre a rua Antonio Correa Barbosa e avenida Beira-Rio. Uma lenda, uma fantasia, um sonho apenas.
Esio Antonio Pezzato
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