Entardecer
Gostoso é contemplar à luz da tarde
O Sol – como dantesco mastodonte –
Morrendo junto às cristas do horizonte
Terno e silente e sem nenhum alarde...
Parece até que um contumaz covarde
Golpeou o soberano Rei, na fronte;
Pois calmo, ele se déia atrás do monte
E seu fulmíneo olhar, meigo, não arde...
Mas mesmo assim a sua luz violeta
Nimba de luz doirada borboleta
Que beija as flores... e depois recua...
E quando a noite, em sombras aparece,
Ajoelhada, a minh’alma em santa prece
Vê o desfile de estrelas e da lua!
23.10.1990
Esio Antonio Pezzato
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