Meretriz
Envolta na penumbra, entre lençóis de seda,
Provocante, incisiva, arfante, seminua,
– Semidéia fatal! – aos lampejos da lua,
Lasciva, ela se entrega à vida amarga, azeda...
Com riso provocante ela rama, insinua,
Mente, ri, chora, pede e diz o quanto é treda
A vida no bordel e chorosa segreda
Seu constante sofrer na amargurosa rua.
O amante de momento, indiferente à queixa
Que a parceira lhe diz, só quer de sua gueixa
Carinhos receber por esse amor comprado.
E enquanto ele delira e estertora ofegante,
Pensando estar levando ao gozo a sua amante,
De prantos ela tem o seu olhar banhado.
14.10.1987
Envolta na penumbra, entre lençóis de seda,
Provocante, incisiva, arfante, seminua,
– Semidéia fatal! – aos lampejos da lua,
Lasciva, ela se entrega à vida amarga, azeda...
Com riso provocante ela rama, insinua,
Mente, ri, chora, pede e diz o quanto é treda
A vida no bordel e chorosa segreda
Seu constante sofrer na amargurosa rua.
O amante de momento, indiferente à queixa
Que a parceira lhe diz, só quer de sua gueixa
Carinhos receber por esse amor comprado.
E enquanto ele delira e estertora ofegante,
Pensando estar levando ao gozo a sua amante,
De prantos ela tem o seu olhar banhado.
14.10.1987
Esio Antonio Pezzato
0 COMENTE AQUI:
Postar um comentário