Contraste
Malditos homens que na fúria imensa
Em vez de proclamarem uma crença
Bradam à terra, um crime sem perdão.
Será que não existe nesta Terra
O pavor pela dor que nos aferra
E em nossas vidas só nos dá aflição?
Por que os homens bons não fazem nada?
Não vê do herói a farda esfarrapada
Mas vê as medalhas que no peito traz.
Meu Deus! esta medalha nada importa,
No lar tem a família toda morta,
E em vão, aos superiores, clama paz!
É a lei da guerra hipócrita, maldita,
Misérrima, fatal, negra, infinita,
Que nos caminhos, mata por prazer!
É o fuzil que à rajada nunca falha...
Fica o herói – que ferido, não trabalha,
E a família sem ter o que comer!
E ainda bradam aos céus – Fraternidade!
Falta água, falta pão, oh! quem não há de
Sofrer, chorar, clamar numa oração,
Que a guerra – no futuro – fique lenda,
E ao recordar esta visão horrenda,
Tudo não passe de imaginação!
17.11.1976
Malditos homens que na fúria imensa
Em vez de proclamarem uma crença
Bradam à terra, um crime sem perdão.
Será que não existe nesta Terra
O pavor pela dor que nos aferra
E em nossas vidas só nos dá aflição?
Por que os homens bons não fazem nada?
Não vê do herói a farda esfarrapada
Mas vê as medalhas que no peito traz.
Meu Deus! esta medalha nada importa,
No lar tem a família toda morta,
E em vão, aos superiores, clama paz!
É a lei da guerra hipócrita, maldita,
Misérrima, fatal, negra, infinita,
Que nos caminhos, mata por prazer!
É o fuzil que à rajada nunca falha...
Fica o herói – que ferido, não trabalha,
E a família sem ter o que comer!
E ainda bradam aos céus – Fraternidade!
Falta água, falta pão, oh! quem não há de
Sofrer, chorar, clamar numa oração,
Que a guerra – no futuro – fique lenda,
E ao recordar esta visão horrenda,
Tudo não passe de imaginação!
17.11.1976
Esio Antonio Pezzato
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