Posse
Quando chegares trêmula, ofegante,
No lânguido desejo do abandono,
E eu te mostrar o meu poder de dono,
Com firme olhar de posse anavalhante;
As horas que perdeste de teu sono,
Sonhando este momento delirante,
Farão de ti a mais submissa amante
E serei o teu rei diante do trono.
E não terás desejos nem vontades
Que não sejam os meus e a posse ardente
Te farás tão-somente – meiga escrava.
E presa às minhas ordens em tais grades,
Sorrirás ao sentir o sangue quente
Escorrendo-te n´alma como lava.
11.06.2010
Esio Antonio Pezzato
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