Painel
Lusco fusco. No espaço as nuvens arruivadas
Pelos fachos de luz que o sol ainda golfeja,
Refletem mil painéis de telas esmaltadas
Num cromatismo etéreo e de paz benfazeja.
Extasiado contemplo essas telas pintadas
Pelo Pintor maior que mil cores bafeja
Sobre o etéreo dossel que as cores concentradas
– Fagulhas de ouro em pó! – sobre a terra despeja.
Sinto o sopro de Deus sobre a densa ramagem
E pareço fitar um oásis no deserto
Enquanto os ventos bons entre as roseiras agem.
Respiro um cheiro bom de alecrim e canela,
E frente a esse cenário imenso, largo e aberto
Cuido em tudo ver Deus da terra sentinela.
23.07.2010
Esio Antonio Pezzato
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