Ânsia
Na ânsia de bem construir meus versos na cadência
Da métrica, da rima e também da cesura,
Procuro desvendar de tal estudo a ciência
Para a estrofe brilhar clara, límpida, pura.
Na folha branca vou fazendo a semeadura
Das palavras que vêm na mais doce frequência.
E de forma lirial com beleza e ternura,
Tento achar a harmonia em cantos de inocência.
Assim me sei Poeta e minha crença teço
O verso burilado e cheio de adereço
Fulgura junto à luz que da minha alma sai.
Parte de minha vida é minha própria vida
Que estampo em cada verso em glória concebida
E se o Verso é meu filho, eu dele sou bom Pai.
04.09.2010
Esio Antonio Pezzato
3 COMENTE AQUI:
Belíssimos versos!! Boa tarde :)
Foi fértil esta semeadura e a imagem linda. Abraço.
Quanto amor, ternura, cuidado revelas Poeta neste relacionamento com a Poesia. Lindo seu exercício como Pai de tão belos Sonetos.
Postar um comentário