Glosa
A mulher do Alentejo
Leva mais longe a razão
Nas canseiras, em sobejo
Constroi direitos e pão.
(Quadra portuguesa)
Mulheres de todo o mundo
E de todos os lugares,
Dentro de vossos sonhares
Brilham num sonho fecundo.
E nesse sonho profundo
Mais aflora o meu desejo
Se elas merecem um beijo
Em tal sonho ardo e deliro.
Pois em meu sonho suspiro
A Mulher de Alentejo.
Essa mulher tão bonita
Tão ponderada e sincera,
Tem no olhar a primavera
De maneira que acredita
Que a esperança é-lhe infinita.
De encantos seu coração
Modula eterna canção
Eu dela tão longe vivo
Que o pensamento cativo
Leva mais longe a razão.
Procuro-a em sonhos floridos
E a minh’alma não se cansa
De ter tamanha esperança.
Dentro dos dias vividos
Trago sonhos coloridos
E o sonho o amor por ensejo
Mas pelo mundo só vejo
Que nos rumos onde sigo
Nos ombros segue comigo
Nas canseiras, em sobejo.
Essa mulher caridosa
Faz do amor a sua prece,
Por isso, por Deus merece
Ter as pétalas de rosa
Na estrada maravilhosa
Onde for seu coração.
Essa mulher, que emoção,
Inspira agora o meu verso
E nas fímbrias do Universo
Constroi direitos e pão.
14.03.2002
Esio Antonio Pezzato
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