Imagem Google |
Cena ribeirinha
Imóvel a espreitar apetitoso almoço,
Sobre a margem do Rio a garça é uma escultura.
Com magnético olhar, longilíneo pescoço,
De Rugendas recorda uma grácil gravura.
Refletindo no espelho o seu pálido emboço,
Raro ataque prepara em inquieta lentura.
Mas ágil como o vento e num rápido esboço,
Seu bico as águas fere em terrível ternura.
Nervoso, espadanando em aleivo constante,
O peixe, preso ao bico, é presa suculenta
Enquanto voa a garça e alcança o ipê florido.
E o peixe à luz do sol rebrilhando a diamante,
À formidável garça, estático alimenta
No silêncio da morte e sem causar ruído.
09.05.2011
Esio Antonio Pezzato
0 COMENTE AQUI:
Postar um comentário