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11 de agosto de 2011

BRANCA MOTTA DE TOLEDO SACHS - CRÔNICA

Imagem Google

Branca Motta de Toledo Sachs

Quando a História de Piracicaba do século XX for contada, um nome que deverá encabeçar um capítulo, com certeza, é o de Dona Branca Motta de Toledo Sachs.
Como sempre vivo dizendo Piracicaba esquece seus vultos. Por exemplo: dando nome ao Hospital Regional que vai ser inaugurado ainda ano que vem uma Senhora que NADA fez por Piracicaba, vai ter seu nome ali imortalizado. Homenagem que nada nos diz respeito, embora tenha sido uma grande pessoa Zilda Arns, o nome escolhido pela nossa Câmara Municipal.
Fôssemos analisar friamente os dados, D. Branca deveria ter então seu nome ligado ao Hospital Regional. Mas isso agora não adianta. Não vou dizer mais sobre o assunto aqui, já que quero lembrar D. Branca.
Eu a conheci ainda na barriga da minha Mãe, com certeza, pois se uma era a idealizadora da Escola de Mães denominada Doutor Álvaro Guião, outra era Madrinha desde sua fundação, em 1939.
Essa história da Escola de Mães que hoje tem o nome de sua idealizadora, precisa e necessita ser contada. Nomes como o dela, Dr. Alcides Aldrovandi, Mário Ângeli, Paulo Falanghe, e tantos, tantos, tantos outros, precisam ser reverenciados com respeito, com afeto, com ternura, com dignidade, em pé e fazendo continência.
D. Branca foi idealizadora e Presidente durante sua vida toda, isso de 1939 até seu falecimento. Se tantos e tantos bebês em nossa cidade nasceram com saúde, tiveram o primeiro enxoval, médico pediatra, leite em pó e todo o carinho isso Piracicaba deve ao espírito altruísta dessa Senhora. Se o ditado aqui pode ser invertido, atrás de um grande homem, existe sempre uma grande mulher, atrás de uma grande mulher existiu um grande homem, que foi o professor Alberto Vollet Sachs, esposo de d. Branca. Hoje nem vou dizer dele, pois o espaço já é curto, enxertar o professor Alberto aqui seria muito. Mas não poderia ser aqui esquecido. Como não será d. Branca quando eu for recordar do professor Alberto.
Dizia que eu a conheçi desde o ventre materno, não é mentira não. Minha Mãe, hoje com quase 88 anos trabalhava de babá do filho mais novo de D. Branca, o Tatau, que faleceu agora em 2011. Tinha seus 15 anos, quando a Escola de Mães foi criada. Hoje minha Mãe, com certeza, é a única das fundadoras que ainda podem contar essa história.
Os anos passaram e d. Branca depois que minha Mãe se casou e teve seus filhos passou a ser amiga e era presença frequente em nossa casa.
Foi quando eu desandei a fazer poesia, isso em 1972, que D. Branca ficou então minha poetisa favorita, juntamente com Lino Vitti. Ela fazia uns sonetos inspirados, justos e perfeitos que me deixavam maluco. Eu lia, relia, tornava a ler e cada soneto dela publicado era mais lindo que o anterior. Eu babava de inveja.
Era recebê-la em casa para uma visita e ao invés de falar da Escola de Mães com minha Mãe, dos chás beneficentes e eu roubava um pouco de seu precioso tempo para mostrar a ela meus versos. E ela carinhosa “com o filho da Maria” que desandava a fazer versos, me dava toda a atenção.
Depois ela passou a elogiar meus versos e em retribuição lhe dediquei um Soneto e ela me retribuiu o presente. Mas isso faz quase 40 anos já...
Alguns anos após D. Branca já havia falecido e o Albertinho, seu filho, me liga dizendo que quer homenagear sua Mãe, publicando seus versos e eu, todo feliz e afeito ao pedido, selecionei os versos, digitei todos, fiz a revisão, coloquei tudo numa ordem cronológica e os Sonetos de Branca foram impressos para engrandecer e enobrecer a Poesia brasileira com sonetos da mais alta estirpe e mais nobre e pura inspiração.
Dona Branca, amiga de minha Mãe, amiga de todas as Mães de Piracicaba entre 1939 e 1995, Mulher Piracicabana, nascida em Lorena, mas isso nem importa, era mais Piracicabana do que tantos aqui nascidos. D. Branca Poetisa, essa sim, minha amiga de sonhos, de versos, de carinhos.
D. Branca Motta de Toledo Sachs revive hoje na minha memória, na minha saudade, nessa pequena crônica ditada pelo coração. É isso. A Senhora se foi, e aninhos com asas ainda não crescidas, aquecidos com cueiros e fraldajs e gorrinhos da Escola de Mães, foram ensinados a voar com seus ensinamentos, com seus carinhos, com sua dedicação, com seu afeto.
Piracicaba deveria erigir em praça pública seu busto com algum dizer assim: d. Branca, a mais nobre Mulher que residiu nessa cidade!
Isso nós bem sabemos, não vai acontecer. Quando digo que estamos perdendo a identidade, sou criticado. Enquanto isso vereadores desinformados vão importando nomes sem importância para nossa cidade, para ser gravados com bronze em prédios públicos. Dói muito.



Crônica de Esio Antonio Pezzato




1 COMENTE AQUI:

Carla Ceres disse...

Oi, Esio!
Gostei da crônica e gostava, também, dos sonetos que D. Branca escrevia.
Mencionei você no meu blog.
http://carlaceres.blogspot.com/2011/08/mais-tarde.html
Passe lá e veja se gosta.
Beijos pra você e pra Ana!

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