Canto Real das
Meninas Prostitutas
Essas meninas pobres e esquecidas,
Muitas vezes de rosto assaz pintado,
Nos lábios marcas de batom borrado,.
Vão levando sem eira, as suas vidas.
Em velhas ruas, praças e avenidas,
Mostrando um triste olhar desesperado
Aos transeuntes fazendo mil gracejos,
Acenando com as mãos, jogando beijos,
Sempre à espera que passe um pretendente,
Mostram seus jovens corpos diariamente,
Vendendo seus gemidos, seus desejos.
Meninas Prostitutas
Essas meninas pobres e esquecidas,
Muitas vezes de rosto assaz pintado,
Nos lábios marcas de batom borrado,.
Vão levando sem eira, as suas vidas.
Em velhas ruas, praças e avenidas,
Mostrando um triste olhar desesperado
Aos transeuntes fazendo mil gracejos,
Acenando com as mãos, jogando beijos,
Sempre à espera que passe um pretendente,
Mostram seus jovens corpos diariamente,
Vendendo seus gemidos, seus desejos.
Essas meninas tristes, desvalidas,
Seminuas expõem-se a este mercado,
Exibindo um sorriso fabricado,
Mostram no rosto, as expressões sofridas.
Às vezes, com barrigas já crescidas,
(Onde o parto se faz sem ter cuidado)
Mais lembram periquitos dos realejos
Lançando a sorte em rápidos festejos
Para encontrar decerto outro cliente...
Tolas sonham e o sonho é contundente,
Vendendo seus gemidos, seus desejos.
Essas meninas julgam-se queridas,
Na fantasia tem um namorado.
Sonham também viver junto ao amado
Com parcas esperanças coloridas...
Essas meninas lívidas, transidas,
São os frutos de um mundo depravado.
São a escória do mundo em seus arpejos,
São mendigas traçando vis cortejos
São a crença de um mundo já descrente!.
Pobres mostram um corpo repelente,
Vendendo seus gemidos, seus desejos.
Essas meninas, umas – pervertidas,
Outras – com triste olhar n’alma marcado,
Podres mercadorias de atacado,
Tem as suas vontades prostituídas.
Da Sociedade sempre são banidas,
Porque trazem a marca do pecado!
São as flores dos charcos e dos brejos,
São os ratos de esgotos, aos rastejos,
Retratos de um país pobre e demente.
Todas tem um sorriso deprimente,
Vendendo seus gemidos, seus desejos.
Essas meninas – pobres margaridas,
Sem futuro, presente e sem passado,
Viciadas na bebida e no baseado,
De bares e de clubes são excluídas.
A muitos elas são jovens perdidas,
Passam doença em cada beijo dado,
São cacos de cortantes azulejos,
Motivos para motes sertanejos
Em canções de mau-gosto, inconsequente.
Passam rindo, escondendo o olhar doente
Vendendo seus gemidos, seus desejos.
Oferta
A Beira-rio traçam seus motejos,
Mostrando dentes podres em bafejos,
Essas meninas são, em nossa mente,
A realidade de um Brasil dormente,
Vendendo seus gemidos, seus desejos.
30.01.2009
Nota: Conferir com a Balada das Meninas Prostitutas
Esio Antonio Pezzato
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