Vilancete
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, doi não sei porque.
(Camões)
Solidão. Há na vida um céu de chumbo.
Ante agonias tais eu me sucumbo,
Lágrimas frias correm em meu rosto.
Faz frio. É rijo o inverno. É mês de agosto.
E essas noites sem fim, escuras, frias,
Por que viver assim tão longos dias?
Que dias há que na alma me tem posto?
É um mistério infinito esses momentos
Carregados de tredos sofrimentos.
O sol da claridade a mim se esconde.
E por mais que eu procure, busque, sonde,
Não encontro alegrias nesta vida.
É uma angústia que brota colorida,
Um não sei que, que nasce não sei onde.
Junto à noite sombria ando sozinho,
E não vejo ninguém neste caminho.
O coração dos sonhos já descrê,
E às alegrias sempre existe um se...
E não entendo e não defino como
Tal sentimento em mim com tanto assomo
Vem não sei como, doi não sei porque.
25.09.2008
Esio Antonio Pezzato
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