Canto da Agonia
Perdido n’alta noite, em desespero aflito,
Todo o meu coração, num pavoroso grito
Esta apóstrofe exclama em lívida magia:
– Agonia, agonia, agonia, agonia!
Tremo de medo e o medo aumenta em mim. Apelos
Não consigo fazer. em negros pesadelos
Eu sinto em mim a noite atra, negra, medonha,
E alucinado saio. A minh’alma não sonha
Pois em mim é real esta visão que expele
Ígneos raios de fogo. Ardente, minha pele
Não agüenta o calor e a noite está tão fria...
Agonia, agonia, agonia, agonia!
Tudo envolto em pavor... numa sinistra crença
Morro dentro de mim e em negra recompensa
O inferno aterrador abre-me os negros braços
Querendo me abraçar em sinistros abraços...
E novamente em mim, a angústia faz morada...
No enorme manto negro, a lua, ensangüentada,
Pinga estrelas de foto e – negra bordadeira! –
Borda uma cruz vermelha e vermelha bandeira
Tremula no atro céu macabro. A noite é fria...
Novamente em meu peito, a rima da agonia
No estribilho feroz, a mim mostra-se rude;
E o fim da vida é o fim... e o fim da juventude
É o fim... e o fim de tudo é o fim... e o negro açoite,
– Negro vento cruel! – arrasta mais a noite
Ao longo labirinto onde este canto medra
Bufando ódio, ira, espúrio, e a avalancha de pedra,
De pedras enche a noite e a estrada em pedras, cheia
Da vil superstição soluça, devaneia...
E o terrível macabro e profano estribilho,
Num ímpeto feroz, tolda o ígneo e rubro brilho
Do Sol que quer brilhar em mágica euforia,
Mas tudo chega a mim num Canto de Agonia!
15.04.1980
Perdido n’alta noite, em desespero aflito,
Todo o meu coração, num pavoroso grito
Esta apóstrofe exclama em lívida magia:
– Agonia, agonia, agonia, agonia!
Tremo de medo e o medo aumenta em mim. Apelos
Não consigo fazer. em negros pesadelos
Eu sinto em mim a noite atra, negra, medonha,
E alucinado saio. A minh’alma não sonha
Pois em mim é real esta visão que expele
Ígneos raios de fogo. Ardente, minha pele
Não agüenta o calor e a noite está tão fria...
Agonia, agonia, agonia, agonia!
Tudo envolto em pavor... numa sinistra crença
Morro dentro de mim e em negra recompensa
O inferno aterrador abre-me os negros braços
Querendo me abraçar em sinistros abraços...
E novamente em mim, a angústia faz morada...
No enorme manto negro, a lua, ensangüentada,
Pinga estrelas de foto e – negra bordadeira! –
Borda uma cruz vermelha e vermelha bandeira
Tremula no atro céu macabro. A noite é fria...
Novamente em meu peito, a rima da agonia
No estribilho feroz, a mim mostra-se rude;
E o fim da vida é o fim... e o fim da juventude
É o fim... e o fim de tudo é o fim... e o negro açoite,
– Negro vento cruel! – arrasta mais a noite
Ao longo labirinto onde este canto medra
Bufando ódio, ira, espúrio, e a avalancha de pedra,
De pedras enche a noite e a estrada em pedras, cheia
Da vil superstição soluça, devaneia...
E o terrível macabro e profano estribilho,
Num ímpeto feroz, tolda o ígneo e rubro brilho
Do Sol que quer brilhar em mágica euforia,
Mas tudo chega a mim num Canto de Agonia!
15.04.1980
Esio Antonio Pezzato
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