Poema de Daniel
Se alguém for declamar os meus poemas
Nos próximos milênios,
Eu creio que não haverá problemas
Que teimem em desafiar os gênios
Da inteligência humana,
Que a cada dia vão vencendo ignotos
Segredos, numa força soberana,
Enquanto os que hoje, proclamamos sábios,
Têm um porvir repleto de ressábios
E mil pontos de dúvidas remotos...
Avançam os cientistas
A estrada imensurável do Universo
O Sistema Solar buscam a fundo,
Tentando um outro mundo
Aonde jamais chegaram outras vistas!
E eu aqui, e o meu verso,
– Pequeno grão de areia neste solo
Sou grão de trigo neste imenso bolo
O qual chamamos Terra!
Barqueiros do Universo! Os asteróides
Tentais ainda entende-los,
Porém, vos abismais com os cabelos
De fogo de um cometa que no Orbe erra
Com órbitas esdrúxulas, ovóides...
Eles, um dia, voltarão fulgindo
E de vós restará sequer poeira...
Eles virão sorrindo
Mostrando sua flâmea cabeleira
Para então, novos olhos contemplá-los
Montados nos cavalos
Onde em caminhos velhos
Irão tirar, sorrindo, a água do poço...
Leio histórias dos rotos Evangelhos
E Ezequiel sorri em alvoroço...
Suas visões eram de extraterrestres,
Porém, Ele as fitava crendo em Mestres!
Não, Mestres não, mas Deuses!
Siva, Ariman, Eleusis,
Duendes cadavéricos,
Fantásticos, homéricos,
Montados em corcéis de asas brilhantes,
Com olhos e narinas fumegantes...
Gênios de hoje! Amanhã
Sereis apenas uma imagem pálida,
Corrosiva, das mentes do futuro.
Fitais apenas hoje, Aldebarã,
Mas o porvir, seguro,
Virá mais forte, poderoso, imenso,
E vós sereis estercorácia inválida
E sem valor algum... e sem receio
Penso que ireis valer menos que meio!
As máquinas terão – assim eu penso! –
Seus próprios pensamentos,
E os Homens com seus parcos instrumentos,
Serão desnecessários.
Todos os maquinários
Irão pensar por vós, oh, gênios de hoje,
E vós sereis farrapos
Coaxando iguais aos sapos
Que nos lodos da noite
Arrastam os seus trapos
Sem ter quem os acoite!
Gênios, o tempo foge
As correntes elétricas avançam
E a lâmina do tempo tudo corta.
...................................................
Não descanseis, Poetas! Não descansam
As idéias. A vida é sempre morta.
Continueis fazendo mil poemas
Aos próximos milênios,
Pois creio ainda que haverá problemas
Que teimem em desafiar os gênios!
14.07.1989
Se alguém for declamar os meus poemas
Nos próximos milênios,
Eu creio que não haverá problemas
Que teimem em desafiar os gênios
Da inteligência humana,
Que a cada dia vão vencendo ignotos
Segredos, numa força soberana,
Enquanto os que hoje, proclamamos sábios,
Têm um porvir repleto de ressábios
E mil pontos de dúvidas remotos...
Avançam os cientistas
A estrada imensurável do Universo
O Sistema Solar buscam a fundo,
Tentando um outro mundo
Aonde jamais chegaram outras vistas!
E eu aqui, e o meu verso,
– Pequeno grão de areia neste solo
Sou grão de trigo neste imenso bolo
O qual chamamos Terra!
Barqueiros do Universo! Os asteróides
Tentais ainda entende-los,
Porém, vos abismais com os cabelos
De fogo de um cometa que no Orbe erra
Com órbitas esdrúxulas, ovóides...
Eles, um dia, voltarão fulgindo
E de vós restará sequer poeira...
Eles virão sorrindo
Mostrando sua flâmea cabeleira
Para então, novos olhos contemplá-los
Montados nos cavalos
Onde em caminhos velhos
Irão tirar, sorrindo, a água do poço...
Leio histórias dos rotos Evangelhos
E Ezequiel sorri em alvoroço...
Suas visões eram de extraterrestres,
Porém, Ele as fitava crendo em Mestres!
Não, Mestres não, mas Deuses!
Siva, Ariman, Eleusis,
Duendes cadavéricos,
Fantásticos, homéricos,
Montados em corcéis de asas brilhantes,
Com olhos e narinas fumegantes...
Gênios de hoje! Amanhã
Sereis apenas uma imagem pálida,
Corrosiva, das mentes do futuro.
Fitais apenas hoje, Aldebarã,
Mas o porvir, seguro,
Virá mais forte, poderoso, imenso,
E vós sereis estercorácia inválida
E sem valor algum... e sem receio
Penso que ireis valer menos que meio!
As máquinas terão – assim eu penso! –
Seus próprios pensamentos,
E os Homens com seus parcos instrumentos,
Serão desnecessários.
Todos os maquinários
Irão pensar por vós, oh, gênios de hoje,
E vós sereis farrapos
Coaxando iguais aos sapos
Que nos lodos da noite
Arrastam os seus trapos
Sem ter quem os acoite!
Gênios, o tempo foge
As correntes elétricas avançam
E a lâmina do tempo tudo corta.
...................................................
Não descanseis, Poetas! Não descansam
As idéias. A vida é sempre morta.
Continueis fazendo mil poemas
Aos próximos milênios,
Pois creio ainda que haverá problemas
Que teimem em desafiar os gênios!
14.07.1989
Esio Antonio Pezzato
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1 COMENTE AQUI:
Muito bonito esse espaço, parabéns poeta seus poemas são de arrepiar.
Thays
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