Numa noite de lua
Apavorado acordo. A treva imensa
O céu povoa de uma negra crença
Profana, lívida, agourenta e crua.
Devagar, ergo as pálpebras dos olhos,
E à minha frente, esquálidos escolhos
Dão-me a visão da morte horrenda e nua.
A noite bruxuleante, atra e faminta,
Acorda na montanha a voz extinta
Dos ecos esquecidos no passado.
E o pavor da chacina me apavora:
– Está noite é uma noite sem aurora
E a lua é um rubro lenço ensangüentado.
Corujas piam no estertor da morte;
O desespero lança a única sorte
Existente em macabros necrológios.
O ar parado é um aziago mofo seco,
A minha estrada morre em atro beco
Onde não marcam horas os relógios.
Tudo parado e o desespero aumenta,
Enquanto a lua cheia, amarelenta,
Lança raios mortíferos, faiscantes,
Meu grito grita um grito, grita um grito,
Que reboa o pavor ante o Infinito
Em macabros desejos delirantes.
Eu tenho medo de sair de casa...
Cinzenta, a madrugada a tudo arrasa,
E abre o pavor nas lúgubres chacinas.
A minh’alma de frio treme e treme
Meu coração, que sufocando, geme
Ao ver este espetáculo em ruínas.
Tudo macabro e a solidão da morte
A cada instante torna-se mais forte
E torna-se mais forte a cada instante...
– Os relógios não marcam mais as horas...
Às noites não existem mais auroras
E a paz que havia está demais distante.
Porém, tento acordar do pesadelo...
Parecem minhas mãos pedras de gelo
E não me aquece a lamparina o fogo.
Tudo macabro, errante, solitário...
O meu Zodíaco que é Sagitário,
Do frio não aceita o rude jogo.
Mas vou achar a porta da saída
Desta embrionária noite pervertida,
Onde a angústia remexe na minh’alma.
Vou abrir as cortinas para os Sonhos,
Nas miragens, ter dias mais risonhos,
Pois só assim irei viver em calma.
Apavorado acordo. A treva imensa
O céu povoa de uma negra crença
Profana, lívida, agourenta e crua.
Devagar, ergo as pálpebras dos olhos,
E à minha frente, esquálidos escolhos
Dão-me a visão da morte horrenda e nua.
A noite bruxuleante, atra e faminta,
Acorda na montanha a voz extinta
Dos ecos esquecidos no passado.
E o pavor da chacina me apavora:
– Está noite é uma noite sem aurora
E a lua é um rubro lenço ensangüentado.
Corujas piam no estertor da morte;
O desespero lança a única sorte
Existente em macabros necrológios.
O ar parado é um aziago mofo seco,
A minha estrada morre em atro beco
Onde não marcam horas os relógios.
Tudo parado e o desespero aumenta,
Enquanto a lua cheia, amarelenta,
Lança raios mortíferos, faiscantes,
Meu grito grita um grito, grita um grito,
Que reboa o pavor ante o Infinito
Em macabros desejos delirantes.
Eu tenho medo de sair de casa...
Cinzenta, a madrugada a tudo arrasa,
E abre o pavor nas lúgubres chacinas.
A minh’alma de frio treme e treme
Meu coração, que sufocando, geme
Ao ver este espetáculo em ruínas.
Tudo macabro e a solidão da morte
A cada instante torna-se mais forte
E torna-se mais forte a cada instante...
– Os relógios não marcam mais as horas...
Às noites não existem mais auroras
E a paz que havia está demais distante.
Porém, tento acordar do pesadelo...
Parecem minhas mãos pedras de gelo
E não me aquece a lamparina o fogo.
Tudo macabro, errante, solitário...
O meu Zodíaco que é Sagitário,
Do frio não aceita o rude jogo.
Mas vou achar a porta da saída
Desta embrionária noite pervertida,
Onde a angústia remexe na minh’alma.
Vou abrir as cortinas para os Sonhos,
Nas miragens, ter dias mais risonhos,
Pois só assim irei viver em calma.
23.10.1979
Esio Antonio Pezzato
0 COMENTE AQUI:
Postar um comentário