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10 de maio de 2010

VERGONHA




Vergonha

Eu tenho vergonha de abrir os meus olhos
E ver este mundo coberto de escolhos
Com tantas crianças morrendo de fome...
Vergonha de ver triunfar a maldade,
Os homens matando sem ter piedade
Lutando com armas às quais nem sei nome.
Soldados vivendo nos vales de dores,
– Trincheiras medonhas, cobertas de horrores,
Distantes do mundo sonhando por tantos...
Metralhas rugindo causando mais morte;
Meu Deus! Ainda existe no mundo esta sorte
Que traz mil desgraças e esquálidos prantos?
É tanto infortúnio, tamanha é a cobiça...
Os ares exalam a podre carniça
E a terra é um horrendo lugar de destroços!...
E o negro cenário faz parte da terra
Que envolta no atro ódio, revolve-se em guerra,
Com o negro e sinistro chacoalho dos ossos.
As armas profanas não gostam das vidas...
Arrasam os sonhos, destroem feridas,
E expelem, nefastas, seus cantos de escória!
Ao choro sentido das magras crianças,
Exaltam mais alto com suas vinganças
Dizendo que querem ter nome na História!
Um nome na História que a sangue é escrita,
O sangue inocente que, em vão, aos céus grita
Que o amor é preciso na face da terra.
Porém, na garganta tal grito é calado,
No chão mais um corpo vai ser massacrado
E gritos profanos, proclamam a guerra!
A guerra nojenta, que mata, consome,
Que faz o soldado perder o seu nome,
E ao mesmo soldado lhe dá uma medalha.
Meu Deus! Enfim quando terá paz no mundo?
Será que o futuro nos é tão imundo
E o amor infinito não nos agasalha?
Não mais a Esperança sagrada resiste...
O mundo é uma gleba negra, atra e tão triste,
E o corvo sinistro da guerra se exalta.
Os pólipos crescem com força gigante,
E vai cada dia ficando distante
A Paz que no mundo nos faz tanta falta!
Metralhas rugindo... profana é a algazarra;
O mundo está esquálido... a negra fanfarra
À marcha da morte convoca mais vidas...
Os campos povoam-se em negros destroços,
No chão amontoam-se os lívidos ossos,
E nossas virtudes caminham perdidas.
E quando teremos sorrisos no mundo?
Daremos epílogo ao ódio profundo
Que a tudo depreda com ira medonha?
Ah! Quando teremos o Amor como meta,
E a Paz que ansiamos de forma dileta
E quando no mundo teremos vergonha?
Não mais eu consigo cantar o meu canto,
Pois ouço do mundo necrófilo pranto
Que a guerra ainda paira, sangrenta, suprema...
E tudo caminha com negros pesares,
Essências da Morte povoam os ares,
Porém, aqui paro com esse poema...


15.05.1978



Esio Antonio Pezzato

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