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14 de maio de 2010

PEDRO CHIQUITO




Pedro Chiquito


(repentista piracicabano, quando de sua morte)



Na carreira do Divino
Hoje o canto é desatino
E faço tanger o sino
Num dobre muito magoado...
Mas tenho um verso bonito
Que leve ao mundo Infinito
A alma de Pedro Chiquito
Na carreira do Sagrado.

Meu verso rola vazio,
N’alma sinto enorme frio
A tristeza é um arrepio
Que deixa desesperado
Este Poeta que insiste
Em cantar seu canto triste
E às intempéries resiste
Mesmo com seu canto errado.

Não sei moda de viola
– Um dia fugi da escola
E hoje guardo na cachola
Somente um verso quebrado.
Mesmo assim, com teimosia,
Vou tentar minha poesia
Que de sonhos é vazia
Parece um jacá furado.

Que importa seja meu verso
Do modo todo diverso
Da Lei que rege o Universo
E tem contrato firmado?
Socorro, Moacir Siqueira!
Nhô Serra, marquei bobeira,
Estou a fazer besteira
Tô onde não fui chamado!

Hugo Pedro Carradore
– Jararaca do Folclore –
Você, talvez, lendo chore,
Ao ver meu verso engasgado...
Amigo Toti me ajude!
Sua eterna juventude
Vem do Rio sem saúde
Ou vem do canto marcado?

Outro mundo talvez herde
A linda esperança verde
Que no canavial se perde
Na garapa e no melado...
Mas eu tenho por herança
Velha e magoada esperança
Que labuta e não se cansa
Em ver o verso rimado.

Talvez as Luzes da Aurora
(Que o céu de fogo colora)
Doure a pérola que irrora
E este canto derrocado...
Ou será que a Semeadura
Que rebenta a terra dura
Consiga deixar madura
A vida e o sonho dourado?

Ou será que o Chiarini
(Que Deus o tenha e o ilumine!)
Qual um pintassilgo trine
Para deixar inspirado
Este verso pobre, chulo,
Que não tem valor e é nulo,
Que nas métricas dá pulo
Pois quem faz não é letrado?

Ah, tento um verso bonito
Para cantar no Infinito
O grande Pedro Chiquito
Que está de peio calado...
Mas a inspiração me falta,
A noite imensa vai alta,
A alma em sussurros se exalta
E continuo acordado...

Vou parar com a redondilha,
E buscar outra cartilha,
Acordar a minha filha
E fundar outro condado...
Vou ser rei em terra estranha,
Da teia, tirar a aranha,
Pois à viola me acompanha
Quem jamais ponteou errado.

Já estou todo confuso,
Pois do verso fiz mau uso,
Desce do céu, Parafuso,
E desenrosque o enroscado...
O duo aí tá bonito?
Pudera, o Pedro Chiquito
Num desafio infinito
Deixou Deus apaixonado...

Depois de tanta besteira
Eu salto dessa carreira,
Rezo para a Padroeira
Mais um terço devotado...
E ao eterno repentista
Que teve a grande conquista
De ver o Maior Artista,
Adeus e muito obrigado!

Poema feito dia de sua morte
16.12.1991


Esio Antonio Pezzato

1 COMENTE AQUI:

Maria Rodrigues disse...

Gostei muito do seu cantinho, irei seguir com muito prazer.
Um abraço
Maria

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