Pescador
(para meu filho Esio, pescador convicto)
O pescador passa as horas
Sentando á beira do rio
O sol corre o espaço aberto
E o pescador distraído
Sentando á beira do rio
Não vê o tempo passar
Tranqüilo calmo em seu mundo
As horas lerdas se arrastam
E dentro de seu silêncio
No lento arrastar das horas
O pescador pensativo
Brinca ao silêncio do tempo
Na água lerda da corrente
Navega a sua ilusão
A brisa mansa e serena
Cheia de sonhos repisa
Momentos e horas passadas
Em cardumes de esperanças
Escamas brilham em lua
Com os braços do pescador
O denso suor escorre
Pelos caminhos vincados
Das faces contemplativas
Tentando a luta vencer
O samburá prende sonhos
Dourados jaús pintados
Mas a vida provisória
Da cadeia de bambu
Prolonga a hora da morte
Para o instante da partida
Silêncio pede silêncio
Quando retesam-se as linhas
Formando um longo trapézio
Entre as mãos os pés e a água
O reflexo mais parece
Um triângulo escaleno
Equilibra-se na angústia
Do percebido e não visto
A luta submersa trava-se
Com a vontade infinita
De vencer a vida aquática
Com anzóis de aço e de fisgas
Luta – fieira de silêncio
Para a vitória do nada
Mas o pescador bem sabe
Que além da aquática luta
Há o caminho para a casa
E á vida – maior disputa
Sentando á beira do rio
O sol corre o espaço aberto
E o pescador distraído
Sentando á beira do rio
Não vê o tempo passar
Tranqüilo calmo em seu mundo
As horas lerdas se arrastam
E dentro de seu silêncio
No lento arrastar das horas
O pescador pensativo
Brinca ao silêncio do tempo
Na água lerda da corrente
Navega a sua ilusão
A brisa mansa e serena
Cheia de sonhos repisa
Momentos e horas passadas
Em cardumes de esperanças
Escamas brilham em lua
Com os braços do pescador
O denso suor escorre
Pelos caminhos vincados
Das faces contemplativas
Tentando a luta vencer
O samburá prende sonhos
Dourados jaús pintados
Mas a vida provisória
Da cadeia de bambu
Prolonga a hora da morte
Para o instante da partida
Silêncio pede silêncio
Quando retesam-se as linhas
Formando um longo trapézio
Entre as mãos os pés e a água
O reflexo mais parece
Um triângulo escaleno
Equilibra-se na angústia
Do percebido e não visto
A luta submersa trava-se
Com a vontade infinita
De vencer a vida aquática
Com anzóis de aço e de fisgas
Luta – fieira de silêncio
Para a vitória do nada
Mas o pescador bem sabe
Que além da aquática luta
Há o caminho para a casa
E á vida – maior disputa
14.10.1998
Esio Antonio Pezzato
Gostou? Comente!!!
0 COMENTE AQUI:
Postar um comentário