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27 de junho de 2010

NOVA VISÃO DOS MORTOS





Nova Visão dos Mortos


Novamente o Poeta abre seus olhos
E não crê na vergonha que aqui infesta:
Um suor frio brota de seu rosto
E Ele, com alvo lenço, limpa a testa...
Castro Alves, o Poeta dos Escravos,
Como um fantasma vem da Imensidão;
E outros mortos, das tumbas saltam lívidos,
Da lua pálida ao fatal clarão!

Um exército negro segue-o junto,
São os escravos mortos nas senzalas,
Com correntes nos braços e nas pernas,
Com os corpos furados pelas balas.
Todos com vestimentas brancas, límpidas,
Carregam a Justiça pela mão;
E vêm cantando em coro à Liberdade,
Da lua pálida ao fatal clarão!

Vêm os soldados mortos nas trincheiras
E os heróis cruelmente assassinados,
Um Pataxó queimado na cidade,
Da Candelária vêm os favelados.
Vem Herzog com seu cavalo negro
Empunhando o Estandarte da razão.
E na outra mão tem uma flor que brilha,
Da lua pálida ao fatal clarão!

Os heróis do passado estão voltando
Em busca da Verdade e da Justiça,
Porque da Eternidade estão sentindo
Aqui na Terra o cheiro de carniça.
Os oprimidos sofrem – mas calados,
Pois o que dizem fica na opressão.
– Os fantasmas cavalgam pelos ares,
Da lua pálida ao fatal clarão!

Quevara ressuscita na Bolívia
E luta pela América ferida,
E armado com as armas da Esperança
Busca ver a existência mais florida.
Neruda em muitos cantos generales
Procura a paz nas rimas da canção,
E de mãos dadas com Allende
Da lua pálida ao fatal clarão.

Exilados renascem do sal grosso
E gritam – “Liberdade, ainda que tarde!”
E da floresta em fogo vem chegando
Ouro duende em pavoroso alarde!
Quem é esse que chega desvairado
E vem causando enorme confusão?
– É Geraldo Vandré, que vem num touro
Da lua pálida ao fatal clarão!

E vem Disparada pelo campo
Acenando a Bandeira da Vitória.
Tem no seu peito, estrelas fumegando,
– Na fronte traz os louros de áurea glória.
Sua viola toca a melodia
Que me soando alto em seu refrão:
“Pra não dizer que não falei das flores...”
Da lua pálida ao fatal clarão!

Todos a postos numa grande fila
Esperam a chegada de ouro forte:
E de uma estrela pura e cintilante
Vem chegando o Poeta lá do Norte.
E John Lennon, o Beatle desvairado
Que três tiros tomou no coração,
E vem cantando uma canção sublime
Da lua pálida ao fatal clarão!

Todos em fila partem redivivos
Cantam hinos de paz e de esperança,
Tentando derrubar a Sociedade
Que se perde em raízes da vingança.
As armas – são canções de paz á Terra
E muito amor em cada coração.
Esperam dissipar o ódio no mundo
Da lua pálida ao fatal clarão!

Porém, nada conseguem nossos ídolos,
Que massacrados gemem dominados.
Aqui na terra o império é da vergonha
E o caos domina os corações alados...
Reunidos a distância deste mundo
Os fantasmas em grande convulsão,
Seguem calados, pela estrada etérea,
Da lua pálida ao fatal clarão!




Esio Antonio Pezzato

2 COMENTE AQUI:

Richard Mathenhauer disse...

Esio,

Um poema de fôlego! Lembra-me muito Fagundes Varelas, um dos meus poetas prediletos.

Parabéns.

MEUS POEMAS disse...

Lindo, lindo, adorei, parabéns poeta!
Obrigada por seguir-me, estou a seguir-te também!
Abraços meu novo amigo poeta!
Gena Maria

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