Canção da Noite
O silêncio da noite é uma canção antiga:
– Quanto mais toca mais parece minha amiga.
É uma canção de paz recheada de ternura,
Que me convoca para o mundo da aventura.
Brinca sem ter ninguém, transforma-se em soluços,
Enquanto, insone, varo o badalar de bruços.
É mera guardiã desta canção disforme:
– Soa soturna enquanto a alma em silêncio – dorme!
Às vezes se transmuda em rima de poesia,
Mas evapora assim que em brilhos raia o dia.
Coruja – passa o dia inteiro empoleirada
Num ramo de jasmim florido na sacada.
Brinca de bem-te-vi na metálica antena,
Porém, não vê ninguém – some e a distância acena.
Se chama solidão – anda em qualquer caminho,
Porém, não sei porquê fez em casa seu ninho.
Quer comigo morar, quer andar de mãos dadas,
Porém, para seguir, tenho milhões de estradas.
Com voz de violino esta canção antiga
Em rimas vem brincar, passando-se de amiga.
E eu poeta que sou e sabendo-me dela,
Vou me deitar, apago a luz, fecho a janela.
17.19.1998
O silêncio da noite é uma canção antiga:
– Quanto mais toca mais parece minha amiga.
É uma canção de paz recheada de ternura,
Que me convoca para o mundo da aventura.
Brinca sem ter ninguém, transforma-se em soluços,
Enquanto, insone, varo o badalar de bruços.
É mera guardiã desta canção disforme:
– Soa soturna enquanto a alma em silêncio – dorme!
Às vezes se transmuda em rima de poesia,
Mas evapora assim que em brilhos raia o dia.
Coruja – passa o dia inteiro empoleirada
Num ramo de jasmim florido na sacada.
Brinca de bem-te-vi na metálica antena,
Porém, não vê ninguém – some e a distância acena.
Se chama solidão – anda em qualquer caminho,
Porém, não sei porquê fez em casa seu ninho.
Quer comigo morar, quer andar de mãos dadas,
Porém, para seguir, tenho milhões de estradas.
Com voz de violino esta canção antiga
Em rimas vem brincar, passando-se de amiga.
E eu poeta que sou e sabendo-me dela,
Vou me deitar, apago a luz, fecho a janela.
17.19.1998
Esio Antonio Pezzato
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