Soneto com dois finais
É muito curta para ser pequena
Dentro da Eternidade, a nossa vida.
Nem chegamos – e estamos de partida;
Mal subimos ao palco – e finda a cena!
Sempre alguém, a distância, um lenço acena,
Triste adeus para alguma despedida;
A árvore verde fica enegrecida,
E o olhar se fecha em expressão serena...
A matéria apodrece e fica à míngua;
Há silêncio do verbo preso à língua
E a lembrança é o que resta ao que antes fomos.
(1)
Mas o espírito eterno, em luzes fica
E se lava nas fontes de outra bica
Para se transformar em novos pomos!
(2)
E o espírito transcende ao horizonte,
Se purifica n’água de outra fonte
Para fortalecer-se entre outros pomos.
23.02.2001
É muito curta para ser pequena
Dentro da Eternidade, a nossa vida.
Nem chegamos – e estamos de partida;
Mal subimos ao palco – e finda a cena!
Sempre alguém, a distância, um lenço acena,
Triste adeus para alguma despedida;
A árvore verde fica enegrecida,
E o olhar se fecha em expressão serena...
A matéria apodrece e fica à míngua;
Há silêncio do verbo preso à língua
E a lembrança é o que resta ao que antes fomos.
(1)
Mas o espírito eterno, em luzes fica
E se lava nas fontes de outra bica
Para se transformar em novos pomos!
(2)
E o espírito transcende ao horizonte,
Se purifica n’água de outra fonte
Para fortalecer-se entre outros pomos.
23.02.2001
Esio Antonio Pezzato
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