III
A Palavra é uma faca pontiaguda
Pronta para atacar, para a defesa,
Arma que fere a própria natureza
Que aos ataques profanos fica muda.
Pode, às vezes, conter fulgor, leveza,
Mas num instante apenas – se transmuda.
E se torna feroz, ferina, aguda,
Carregada de babas na vileza.
Da Palavra provém meu artifício,
Com ela moldo a rima, moldo o verso,
E com estrofes urdo um edifício.
Dobo com ela o instante mais perverso,
E a Inspiração que a tantos é suplício,
É a Razão para mim neste Universo!
A Palavra é uma faca pontiaguda
Pronta para atacar, para a defesa,
Arma que fere a própria natureza
Que aos ataques profanos fica muda.
Pode, às vezes, conter fulgor, leveza,
Mas num instante apenas – se transmuda.
E se torna feroz, ferina, aguda,
Carregada de babas na vileza.
Da Palavra provém meu artifício,
Com ela moldo a rima, moldo o verso,
E com estrofes urdo um edifício.
Dobo com ela o instante mais perverso,
E a Inspiração que a tantos é suplício,
É a Razão para mim neste Universo!
Esio Antonio Pezzato
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