IX
Bebo a Palavra na mais fina taça
Que às vezes de veneno me vem cheia.
Bebo-a de um gole só, tal como a idéia,
Que num repente chega e logo passa.
Faço com a Palavra uma Epopéia
E ponho-a em livros ao furor da traça;
Depois crio artimanhas, crio a ameaça
E prendo-a forte dentro da colméia.
Sangro a Palavra e bebo-lhe a fuligem,
Procuro decifrar a sua origem
E seu segredo de maneira clara.
Mas quanto mais procuro em minha lavra
Descobrir o segredo da Palavra,
Ela se mostra sorrateira e rara.
Bebo a Palavra na mais fina taça
Que às vezes de veneno me vem cheia.
Bebo-a de um gole só, tal como a idéia,
Que num repente chega e logo passa.
Faço com a Palavra uma Epopéia
E ponho-a em livros ao furor da traça;
Depois crio artimanhas, crio a ameaça
E prendo-a forte dentro da colméia.
Sangro a Palavra e bebo-lhe a fuligem,
Procuro decifrar a sua origem
E seu segredo de maneira clara.
Mas quanto mais procuro em minha lavra
Descobrir o segredo da Palavra,
Ela se mostra sorrateira e rara.
Esio Antonio Pezzato
1 COMENTE AQUI:
Amigo, lindissíma poesia.
"O poema é feito de palavras necessárias e insubstituíveis." (Octavio Paz)
Bom fim de semana
bjs
Maria
Postar um comentário