XXV
A língua lambe o cerne da Palavra
Sentindo seu sabor amargo e doce.
E dentro da minh’alma queima e lavra
Como se em combustão um ferro fosse.
No silêncio eis que tímida azinhavra
E se transforma num medonho alcouce.
Por isso sou amiga da Palavra
Que desenhos arábicos me trouxe.
Qual fiel escudeiro – olhar de lince,
Domo-a aos tentáculos de cinco dedos
Para que suas letras eu as pince.
E sem traumas domar os seus segredos,
Para me retratar como Da Vinci,
Com o sangue de todos os meus medos.
A língua lambe o cerne da Palavra
Sentindo seu sabor amargo e doce.
E dentro da minh’alma queima e lavra
Como se em combustão um ferro fosse.
No silêncio eis que tímida azinhavra
E se transforma num medonho alcouce.
Por isso sou amiga da Palavra
Que desenhos arábicos me trouxe.
Qual fiel escudeiro – olhar de lince,
Domo-a aos tentáculos de cinco dedos
Para que suas letras eu as pince.
E sem traumas domar os seus segredos,
Para me retratar como Da Vinci,
Com o sangue de todos os meus medos.
Esio Antonio Pezzato
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