XXXVIII
Moldo a Palavra de maneira fria,
Aquecendo-a, porém, no pensamento.
Assim crio no transe do momento,
Espasmos e volúpias de alquimia.
Solto-a depois junto ao valsar do vento
E ela dança e sem freios rodopia.
Enche de cantos a amplidão vazia,
Depois entra num quarto de convento.
Faz orações de fogo e de mormaço,
E frágil passa a ter seus nervos de aço
É rocha dura que no campo medra.
Eis a Palavra que em furor se mostra,
Mas se transforma em pérola num’ostra,
E para a morte se transmuda em pedra.
Moldo a Palavra de maneira fria,
Aquecendo-a, porém, no pensamento.
Assim crio no transe do momento,
Espasmos e volúpias de alquimia.
Solto-a depois junto ao valsar do vento
E ela dança e sem freios rodopia.
Enche de cantos a amplidão vazia,
Depois entra num quarto de convento.
Faz orações de fogo e de mormaço,
E frágil passa a ter seus nervos de aço
É rocha dura que no campo medra.
Eis a Palavra que em furor se mostra,
Mas se transforma em pérola num’ostra,
E para a morte se transmuda em pedra.
Esio Antonio Pezzato
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