Noturna solidão
Quando, na solidão da noite, o pensamento
Sai de meu corpo e voa o sideral espaço,
– Águia de fogo explodo o largo Firmamento
E em passadas de luz no vácuo planto o passo.
Sou o que penso ser conquanto danço ao vento,
Rei da Sabedoria abranjo o imenso Paço.
Com pensamento rijo entorto a adaga de aço,
E a Eternidade tenho aos pés num só momento.
Sou ímã e compacto os sonhos mais diversos
Que navegam ao léu dos infindáveis versos
Que compus e perdi ao longo do caminho.
Mas quando a solidão da noite urde segredos,
Sou somente um a mais com meus traumas e medos,
E meu silêncio oculto e me fecho sozinho.
10.03.2010
Esio Antonio Pezzato
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