Frio
O inverno se aproxima, o frio rijo e denso
Encalacra no corpo e provoca tremores.
Sob a fina neblina estremecem as flores,
E em fria solidão os meus sonhos condenso.
O fumo esbranquiçado é nebuloso, é imenso,
E a sinfonia branca é de variadas cores.
À gaze do luar em fúlgidos livores
Me deixa em solidão e nesse estado penso.
O pensamento em febre é voluptuoso e rijo,
Não consigo sair do frio esconderijo
Sem deixar pelo chão, rastos de caramujo.
Vomitam chaminés uma branca neblina;
Porém meu coração, na febre purpurina,
Em febre se debate e contra o frio estrujo.
22.06.2010
Esio Antonio Pezzato
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Frio que enrijece o corpo não é capaz de paralisar a alma, pois esta tem o coração forte de purpurina a seu favor.
Um bj querido amigo.
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