Manhã invernal
Acorda a madrugada um sol assustadiço.
Meu olhar ensonado olha pela vidraça
E fita a cerração densa como fumaça
– Que vontade enforcar um dia de serviço!
Esse frio danado é amigo da trapaça:
A fim de postergar da agenda um compromisso
O chefe vai dizer: “não tenho nada com isso!”
Pois bem, tiro da cama esta velha carcaça.
Agora a chuva fina a enregelar-me os ossos!
Este inverno é infernal. Treme o corpo de frio.
Na rua há um turbilhão de abismos e destroços!
Chego enfim ao serviço e é mais frio o ambiente.
Reina enorme silêncio e há por tudo um vazio.
– Quem me exigiu aqui faltou. Diz-se doente.
22.06.2010
Esio Antonio Pezzato
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Adorei o poema, ia lendo já sentindo frio, quando me deparei com esse final! Tive que sorrir foi ótimo!
Um bj querido amigo.
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