Inverno sobre os ombros
Na insensatez do tempo a vida vai passando,
Cavando solidões, ausências e feridas.
O incauto brada ao céu estar sempre esperando,
Tentando, numa brecha, encontrar novas vidas.
Assim o sonho passa e o pesadelo infando
À realidade traz molduras carcomidas.
O velho rosto novo olha o futuro brando,
E o novo rosto velho execra horas perdidas.
E o tempo – Coliseu abandonado e frio,
Não tem mais ovações de público e de feras,
E hoje queda-se inerte em múltiplos escombros.
Como velho leão eis o tempo sombrio...
E o tolo que sonhou eternas primaveras,
Tem hoje a carregar o inverno sobre os ombros!
28.05.2010
Esio Antonio Pezzato
1 COMENTE AQUI:
O peso do inverno, não só do Coliseu, mas de todos nós.
Um bj
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