Noite egípcia
Com a alma de Ramsés contemplo o velho Egito
E as pirâmides olho atufado de orgulho.
Sob as águas do Nilo os meus sonhos mergulho
Procurando encontrar a altivez do Infinito.
Porém meu coração, embalsamado e pulho,
Num sarcófago velho, esquecido e maldito,
Traz a mágoa sem fim onde em frêmitos grito
Enquanto d´alma sai um pavoroso arrulho.
Os velhos Faraós de velhas dinastias
E as múmias espectrais travam o meu laringe
E minhas ambições neste Cairo de orgias...
Não sei me decifrar e me contraio todo.
Entanto ouço o atro esgar da milenária Esfinge
Que me devora o corpo e me vomita em lodo!
30.05.2010
Esio Antonio Pezzato
2 COMENTE AQUI:
Se eu te decifrar tu não me devoras? rsrs
Amei o poema! Tenho uma grande ligação com o Egito, sem qualquer motivo aparente, simplesmente gosto e sempre gostei.
A foto, inclusive, que está no meu blog foi tirada pela minha irmã em um cruzeiro feito no Nilo em agosto deste ano.
Um bj e boa semana com a proteção dos faraós e seus deuses...
Oi
Vc se tornou um "seguidor" do meu blog e então vim aqui conhecer o seu... adoro sonetos! E é muito bom encontrar um poeta!
bjos
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