Labirinto
Labirintos de fogo e fumo e brasa densa
Abrem-se ao meu olhar e a minha frente vejo.
Os músculos concentro e tudo se condensa
Numa ânsia ainda maior que atiça meu desejo.
O tiro da partida a mim, de forma intensa
Mais parece a volúpia edênica de um beijo.
O corpo se contrai e busco a recompensa
E enquanto corro escuto o soar de um arpejo.
Nas léguas de silêncio em longos corredores
Percebo a solidão, as angústias, as dores,
Grudando em minha pele e tatuam-se em mim.
E ao fim dessa jornada angustiado sino
Perdido, triste e só, pois neste labirinto
Em que a vida perdi, já nem sei por que vim.
22.07.2010
Esio Antonio Pezzato
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