Num crepúsculo
Fagulhas de ouro em pós iluminam o espaço,
E um sol tremeluzente arqueja no horizonte.
A minúcias atento, o olhar oblíquo e lasso,
Contemplo esse painel com a luminosa fronte.
O comum transeunte em seu lânguido passo
Não vislumbra essa luz fulmínea, esse desponte
Das vibrações de Deus e em seu lerdo compasso,
Abaixa seu o lhar, fecha-se atrás de um monte.
Sinto palpitações ao ver tais aquarelas!
O espetáculo rubro incendeia o poente
Enquanto uma araponga estridula harmonia.
Ah, soubesse eu pintar essas visões tão belas!
Se o espírito de um Dutra entrasse-me na mente...
– Só me expresso, porém, em pálidas poesias...
20.07.2010
Esio Antonio Pezzato
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Esio, "pelo amor!", suas poesias jamais serão pálidas! Pálida será alma de alguém que ainda não conhece algum poema seu!
Parabéns e admiração, sempre!
Sílvia (Safira)
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