Solidão
Na palidez da noite os meus passos sozinhos
Buscam a solidão para ter companhia.
Abandonado estou ao léu desses caminhos
Sentindo em mim bater a rija ventania.
A alma sem ilusões cambaleia vazia
Já não sente o calor e o farfalhar dos ninhos.
Silêncio, solidão e a noite arde vadia
Entorpeço-me frente às garrafas de vinhos.
Sem ti é bem maior, por certo, esta agonia.
Sem ti a solidão grita como demente
E sente a sensação de forma densa e nua.
E tu não chegas nunca. A cada novo dia
Eu visto a solidão dessa ausência presente
Que me acompanha à noite e minh´alma tatua.
02.11.2010
Esio Antonio Pezzato
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Seu soneto tocou fundo em meu coração... Acredito que seja por falar o que ele conhece tão bem!
Um abraço carinhoso e parabéns pelo blog e belíssimo dom!
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