Tramas
Vivemos nossa vida envolta em sonhos densos,
Enigmas decifrando e bordando esperanças.
Em delírios febris, imaginários, tensos,
Atiramos ao léu envenenadas lanças.
Nossos doidos ideais às vezes são suspensos
Pois coisas sem razão mordem nossas lembranças.
Em martírios sem fim, aloprados, intensos,
Despencamos do céu as sombras das vinganças.
Num desespero insano os nossos passos pomos
Numa estrada sinuosa e coberta de limos
Patinamos no lodo e tramas ardilamos.
Mal, porém, surge o sol a cintilar em cromos,
Perdemos mais um dia e na curva sumimos
Sem colher a esperança a florescer nos ramos.
11.10.2010
Esio Antonio Pezzato
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