Bonecos do Elias Rio Piracicaba (SP) - foto Dando Nota |
Painel Caipira
Contemplo, no horizonte, o céu todo estampado
De violáceos vergões. É inverno. Venta. É agosto.
Pálido, o Sol é um Rei vencido e destronado,
Mas surge a Lua-cheia e lhe arrebata o posto.
Brilham faíscas e o céu fica todo estrelado.
Em delírio, fitando esse dossel exposto,
Lanço para o Infinito os olhos e extasiado
Sinto placas de luz moldando-se em meu rosto.
Lerdo, cordeia o Rio. O silêncio é profundo.
Na mansidão sem fim há espasmos e arrepio.
De tais cintilações me abasteço e me inundo.
Como audazes leões de tais alegorias,
Guardando com furor a alma de nosso Rio,
Vislumbro, em sentinela, os Bonecos do Elias.
Esio Antonio Pezzato
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