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Retiro
Às vezes a minha alma se entristece
Por motivos banais, tolos e chulos.
Uma palavra à toa me aborrece
Que até os meus prazeres deixam nulos.
As más notícias chegam como arrulos;
Fazem cochicho em meio da quermesse.
Mas em alto-falantes soltam pulos
Como frutos ruins de podre messe.
E a palavra mordaz meu peito fere,
E todos riem frente ao sangramento,
Ninguém falando de onde o fato veio.
O silêncio feroz é um miserere.
Porém, enquanto em ondas vai o vento,
Em meu retiro fico em devaneio.
07.05.2007
Esio Antonio Pezzato
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