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18 de novembro de 2009

SONETOS DO LIVRO "OFÍCIO DE POETA I"



Soneto da Morte
(Para o meu amigo Dr. Alex Alves)

Para onde vai a Vida quando a Morte,
– Sorrateira e fatal, – num passo invade
O nosso Sonho de felicidade
Não deixando ninguém que nos conforte?

É muito azar ter essa ingrata sorte
Muito embora a ninguém no mundo agrade,
Mas ela veio com perversidade,
Mostrando à Vida o quanto tem de forte!

Sem ruído chega. Com seu passo manso
Aquieta o coração e deixa frio
O sonho de um futuro sem aurora...

Lembra um lago com ondas no remanso:
Embaça o olhar que fita o amplo vazio,
Planta a ausência e em silêncio vai embora...

29.04.2005


Rumo a esmo


Uma lua de imensa primavera
Floriu e perfumou meu céu de agosto.
E iluminado então ficou meu rosto,
Que dentre muros reflori-me em hera.

Agora não há mais tempo de espera.
Das flores – pétalas mastigo a gosto.
Engulo cores rubras de um sol posto,
Buscando achar encantos na tapera.

Tantos dentro de mim, me vejo agora,
E vou seguindo por um rumo a esmo
Pondo sementes pelo espaço afora.

E nessa diversão eu me ensimesmo.
Longo passado foi de mim embora,
E único sendo já não sou eu mesmo.

28.11.2003


Elogio funesto


Vivemos a contar nossas histórias
E somos sempre o artista principal.
Nelas vencemos grandes trajetórias
Com enredo perfeito e magistral.

Cavamos fundo, pálidas memórias,
E em lutas contribuímos contra o mal.
Querendo para nós todas as glórias,
– Fato este corriqueiro e até banal.

Somos Protagonistas de chanchadas.
Sempre descarregamos num pateta
A nossa fúria cômica a patadas...

E ainda queremos ter, por recompensa,
Nossos feitos nos versos de um poeta,
Nossas vitórias em nefasta crença...

10.10.2002

Saudade


Meu coração recorda ainda em sonho
O tempo das cantigas infantis.
Quando tudo era belo, era risonho,
E em êxtase eu vivia mais feliz.

Hoje que o tempo em embalar medonho
Da amargura plantou-me a cicatriz,
Aos ecos do passado ouvidos ponho
Quando dos versos era um aprendiz.

As cirandas ficaram esquecidas,
Os cantos são apenas ilusões
Daquelas noites líricas, floridas...

E ao recordá-las quantas sensações:
As esperanças brotam coloridas
E o coração se embala em tais canções.

29.08.2003


Soneto das trevas


O delírio da treva me revela
Cobras, lagartos, escorpiões e aranhas,
Uivos de cães em vibrações estranhas,
Mórbido medo ao qual meu ser se atrela.

Um pirilampo ao longe a noite vela.
Porém, sinto arrepios nas entranhas...
Tento fazer com o céu minhas barganhas,
Mas o frio da noite me enregela.

Ouço os pios soturnos das corujas.
Os sapos coaxam num desvão de brejo,
E uma cobra rasteja junto ao muro.

Olhos! Por que nas noites te enferrujas,
E, não consegues ver um só lampejo,
Para na vida eu não ficar no escuro?

27.12.2002


Alegria fugidia


O sorriso que molda este meu rosto
Já foi um dia franco e mais aberto.
Não trazia o desdém oblongo e incerto
Nem tamanha algidez de frio agosto.

Hoje cansado, amargo, decomposto,
Mostra rugas se olhado mais de perto.
Traz o ressequimento do deserto
E um profundo e sarcástico desgosto.

Esse meu riso insípido, vazio,
Ao invés de calor provoca frio
Num profano desdém negro e sem fim.

Todos vão, na vanguarda da Esperança,
Porém meu riso é a pálida lembrança,
De uma alegria que fugiu de mim.

14.01.2004


Abandonado


Ausente dos meus sonhos e desejos
Eis que palmilho só na longa estrada.
Mais longa por ter a alma abandonada,
E não ter teus abraços e teus beijos.

Sou estrangeiro nesta caminhada!
E do prazer sequer tenho lampejos!
É o cortejo mais triste dos cortejos
Para quem vai com a alma espedaçada.

Se eu conseguisse descobrir a ciência
De transpor mundos e seguir em frente,
E poder dominar toda a emoção...

O que mais dói não é a tua ausência,
Mas é tua presença permanente
Apenas dentro do meu coração.

28.06.2004


Soneto técnico
(para o Lino Vitti)


Quando crio meus versos sempre busco
Decassílabas formas de escrevê-los.
Nas heróicas cesuras me chamusco
Tentando não me ater em pesadelos.

E os versos vão saindo dos novelos
Cheios de inspiração... Com jeito brusco
Procuro decifrá-los, entendê-los,
Com seus brilhos, porém – o mundo ofusco.

Às vezes, duplamente cesurado
O verso corre solto na cadência,
Por outras vezes, sem querer, e o verso

Torna-se sáfico, mas não errado...
E ao perceber que o verso é mais que ciência,
Tento apenas achá-lo no Universo.

24.04.2002


Dúvida


O pensamento em febre é uma montanha:
Na coragem precisa ser transposta!
Se a solidão do instante me acompanha,
À pergunta é impossível ter resposta.

A dúvida cruel a alma me arranha
E a crença é verdadeira em tal aposta.
Na dívida jamais se faz barganha,
Não se leva o impossível sobre a costa.

Vencer o medo é dúvida constante.
Num eco sem retorno vibra a voz
Que num refrão me manda à frente! Adiante!

Contra o ímpeto é impossível ser feroz.
Em fogo o coração se faz amante,
E do delírio desentrança os nós.

06.06.2004


Medo e barganha


Velho vento voraz e vagabundo,
Que destelhas meus sonhos tão floridos
E ao relento me deixas neste mundo
Dentro de meus sofreres tão sentidos;

Assobios, funéreos sustenidos,
Em teu gemer tristonho e tão profundo,
Réquiem feito em delírios já perdidos,
Onde, entre angústias – meu viver afundo...

Sou árvore! Decepas minhas ramas.
Sou poesia! Revolves-me as entranhas!
Sou água! Em ondas lúgubres me envolves.

Com teu soar funesto é que me chamas,
Entre notas de medo e entre barganhas,
Levas meus sonhos e não mos devolves.

27.12.2002


Ésio Antonio Pezzato

1 COMENTE AQUI:

Anônimo disse...

Data: 17/11/2009, 13:54:48
Nome: Amiga
Parabéns o blog está maravihoso!
E parabéns pela tua maravilhosa obra literária!
Tu és perfeito com as palavras!
Amo tudo que escreves !
E me orgulho muito por conhecer te !
Um abraço e muito sucesso ,sempre!

Minha Ana Maria e Sissi

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