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11 de novembro de 2009

VERSOS ALEXANDRINOS


Soneto exposto

Trago meu coração a intempéries exposto
Ao vento, à chuva, ao sol, à noite, ao dia, ao frio.
Nele haverá de ver o meu magoado rosto
E por certo o verão de esperanças, vazio,

De um sonho louco e rubro, um estival agosto,
Um barco a navegar em sonolento rio.
Um gosto ácido, azedo, um amarrado gosto,
Uma esperança só presa por tênue fio.

A beira rio vejo o velho e antigo Engenho,
Ali meu coração outrora foi moído
E seu sangue pastoso hoje é azeda garapa.

Nada levo de mim, da vida nada tenho,
Sem coração no peito hoje sigo perdido
Para encontrar do amor um encardido mapa.

27.03.2006

############

Ternura encantada

Mil auroras estão por raiar outro dia,
E eu preso no passado ignoro o meu futuro.
Procuro à realidade o sonho da magia,
Em frente à podridão, o meu mundo mais puro.

Onde os passos pisar nesse porto inseguro
A que chamamos Vida e é pálida utopia?
Sinto que me corrói o desejo mais duro
E todo me amoleço ao sonho que extasia.

Como correr de mim se não me encontro em nada,
Estanco de repente as agruras e a sorte
Dobro a esquina e já raia uma outra madrugada.

Amor! imenso amor! frente a tudo sou forte,
Mas se tiras de mim a ternura encantada,
Atiro no teu cerne e louvo a tua morte.

15.05.2006

v v v v v v v v v

Elevação

Toma a Régua, o Compasso, o Esquadro, o Prumo e o Nível
Para fazer, em glória, as suas Cinco Viagens;
E ao término encontrar sublimes personagens,
No delírio maior do sonho mais incrível!

Se unem Força e Beleza e de modo sensível,
Eis a Sabedoria em lúcidas miragens.
Na mente a ideia ferve, embaralham-se imagens,
E o olhar além penetra a Vida indescritível.

A rutilante Estrela envolta em luzes brilha!
Na marcha do futuro o pensamento trilha,
E, Aprendizes, os pés, aos passos dão suporte.

Glória! Luz! Apogeu! Aceleram-se os passos,
Surgem novos sinais, novos tipos de abraços,
E agora o Companheiro é um Aprendiz mais forte!

30.01.2007

v v v v v v v v v

Teu nome

Teu nome é uma canção que canto noite e dia
E de tanto cantá-lo e por querer-te tanto,
Brota em meu coração o suave e terno encanto,
No lirismo sem fim da minha fantasia.

No dia-a-dia enfim, teu nome à brisa canto,
E ele voa no céu, paira em minha Poesia,
Se forma luz, e brilha, e transcende à magia,
E brilha em meu viver que até me causa espanto.

As aves matinais conhecem o estribilho
E solfejam bemóis, no céu colocam brilho,
E sinto em mim vibrar uma nova Poesia.

Que teu nome é canção para dizer em prece,
Que teu nome é canção que alma jamais esquece,
E que adoro cantar, cantar... Ana Maria.

09.02.2007

v v v v v v v v v

Encantos de Cecília
(na morte da Poetisa Maria Cecília Machado Bonachella)

De ora em diante uma ausência em fotos de família,
Uma triste saudade, um enorme vazio,
E ficará de alerta em constante vigília,
A alma do coração que tremerá de frio.

Cartas, versos de amor, um sonho, um arrepio
De ora em diante serão lembranças na mobília.
E como um grande sol, um caudaloso rio,
Em tudo há de florir encantos de Cecília.

E agora este silêncio... ah, quem pode, quem vence-O?
Severo, sepulcral, tenebroso silêncio
Impera em nossa vida e dia a dia a dia impera.

O verso perde a voz, diz adeus a Poetisa,
Porém cada canção lavrada se eterniza
Como raios de sol, de luz, de primavera.

13.02.2007

v v v v v v v v v

Ofício da Poesia

Dia a dia me pego em êxtase ofegante,
Ao duro e tenebroso ofício da poesia.
Moldo a Palavra em fogo e após quero-A brilhante,
Para que n’alma libre o Esplendor da Harmonia.

Desejo de Poeta em sonho extravagante!
O verso – azul tesouro em rima que alumia.
Coração no Compasso e no Esquadro vibrante,
Para fixar no Espaço a cadência em porfia.

Eis o Ofício que um dia em minha alma alojou-se
E, Artesão, fui moldando em versos a Palavra,
Para isso usando o mel como liga a este Ofício.

Muitas vezes, contanto, o fel encobre o doce,
E este labor se faz cruel em sua lavra,
Sem saber se valeu a pena o sacrifício.

12.03.2007

v v v v v v v v v

Medos

Entre medos chegaste. O olhar discreto e aflito
Buscava decifrar do sonho cada imagem.
E aos meus pés, subjugada em silencioso grito,
A tu’alma embarcou em fantástica viagem.

“Toma conta de mim, meu amor” e eu, num rito
Coloquei-te em meu colo em mística miragem
Em delírio te amei com desejo infinito,
E o amor, antes oculto, explodiu em voragem.

Te quero assim, amor, vívida toda a vida,
Só para meu prazer, lírio-delírio imenso,
Para te dominar e tomar-te a razão.

Amor ainda maior, a entrega não vivida,
Irá desabrochar no desejo mais denso,
E ao teu amor darás mais que a alma – o coração.

16.04.2007


v v v v v v v v v

A coroa mais rica

– Meu Pai, quero ser Rei. Quero um dia, na vida,
Ser herói, ser lembrado em toda a imensa História.
Quero, meu Pai, sair gigante em cada lida,
Para ser aclamado e ter honra e ter glória.

– Serei maior, meu Pai, após cada vitória,
E terei meu País e a fama enfebrecida.
Livros irão narrar a minha trajetória
Poetas cântaro minha história vivida.

– E quer ser coroado, e por certo, desejo
A coroa mais rica, a de maior lampejo,
A que tenha mais brilho e reflita mais luz.

– Existirá, meu Pai, no mundo igual coroa?
– Com certeza existe uma!, a velha voz ressoa:
– A coroa que foi colocada em Jesus!

04.07.2007

v v v v v v v v v

Para um dia, no futuro

Sem clangor de metais, e sem bumbos marcados,
Mas com a limpidez de um bom papa-capim;
Assim quero deixar os meus olhos cerrados,
Quando um dia chegar, dessa História, o meu fim.

Azulões e curiós de cantos apreciados,
Vou querê-los, também, para perto de mim.
Mas fecharei, por certo, os olhos marejados
Se um tico-tico-rei disser que a vida é assim.

Pode ser um tiziu, também uma rolinha,
Talvez um pintassilgo em seu sonho amarelo,
Anunciando no Outono o frio e rijo inverno.

Quero as aves que amei na perdida distância.
Qual canário ou tié baldeou a minha infância
Deixando por viver este martírio eterno?

25.07.2007


v v v v v v v v v

Crime
(lembrando Olavo Bilac)

Armas num galho tênue, o tétrico alçapão,
Para prender da mata, o pássaro que canta,
Que em estribilhos diz que a vida é sacra e é santa,
E que o poder de Deus, vive na Imensidão!

Incauto o pintassilgo, o avinhado, o azulão,
Que insetos vem buscar voando de planta em planta,
Num descuido total, que desespera e espanta,
Estão presos sem dó em terrível prisão.

Agora eu vos pergunto e respondei-me agora:
É lícito tirar a magia da aurora,
Ou do ocaso ainda em luz esses belos cantores?

Qual o crime fatal cometido por elas,
Que vossas mãos cruéis as prendem nessas celas,
E as impede cantar, senão morrer de dores?

24.12.2007

v v v v v v v v v

Ausência doída

Ausente estás em mim dos sonhos e desejos.
Assim caminho só na minha longa estrada.
Mais longa por ter a alma em transe abandonada,
E não poder sentir teus abraços e beijos.

Sou estrangeiro nesta imensa caminhada!
E do prazer sequer tenho ardentes lampejos.
É o cortejo mais triste e amargo dos cortejos,
Para quem ora vai com a alma espedaçada.

Pudesse eu descobrir a mais exata ciência
De mil mundos transpor e de seguir em frente,
E poder dominar toda a minha emoção...

O que mais dói em mim não é a tua ausência,
Mas é a amarga presença eterna e permanente
Dentro deste sofrido e amargo coração.

28.08.2007

v v v v v v v v v

Cavalgadura

Além do sonho existe a realidade fria,
Que o coração calcina em escaldantes lavas.
Um pouco de terror, um tanto de magia,
Alguma liberdade às almas tão escravas.

O olhar segue perdido em solidões ignavas
Buscando se encontrar n’alguma fantasia.
Oh, coração pulsante, em vão nas noites cavas
A funda escuridão para trazer o dia!

O pensamento ferve e ebule, o sono expira,
As mãos em frenesi dedilham a harpa e a lira;
Da noite o espaço aberto abre faróis de estrelas.

Cavalga o pensamento em léguas de Infinito.
Retorno à realidade, ao silêncio urdo um grito,
E as musas do passado eu tento em vão, retê-las.

26.02.2008

v v v v v v v v v

Para o meu amor, Ana Maria

“O amor não é palavra, o amor é melodia!”,
Sentenciou certa vez um pálido Romeu.
Pois eu canto também nesta minha poesia:
“Não há música assim como dizer:– Sou teu!”

Por isso quer no abismo ou no infinito céu,
Eu canto com prazer: eu te amo, Ana Maria!
E minha voz ressoa em mágico escarcéu,
E mais Poeta sou, querida, a cada dia.

Sabes que meu amor lavas ardentes lança,
Mas se agora o vulcão em silêncio descansa,
Por certo ele prepara uma nova erupção.

O Inverno irá trazer por certo, mas florida,
De novo a Primavera a florir nossa vida,
E iremos reviver os dias de Verão!

31.03.2008

v v v v v v v v v

Perseguição

Hei de sobreviver! Enquanto o ódio fremente
Atinge corações de sórdidas maneiras,
Como as águias voando amplidões altaneiras,
Voltarei a galgar o espaço reluzente.

A voz da ira borbulha e com palavra quente
Procura me calar... porém, alvissareiras,
As glórias voltarão tremulando em bandeiras
Desfraldadas ao céu após batalha ardente.

Que procurem minar com venenosas setas
Minha Arte de cantar, meu sagrado reduto,
A Honra que construí, a Família e meus Filhos.

A força de vencer é própria dos Poetas!
Porquanto no silêncio, entre inimigos luto,
Ao passar das ralés eu voltarei em brilhos!

10.04.2008

v v v v v v v v v

Confissão

–“Quero me confessar!” Murmurou o assassino
Ajoelhando-se aos pés do símplice Vigário.
E em pranto o marginal narrou todo o destino
Delirante e cruel de seu atroz calvário.

–“Era um velho casebre, o vento ressupino
Uivava uma canção de timbre funerário;
Uma pobre mulher tendo ao colo um menino
Assustou-se ao me ver naquele itinerário.

–“Tendo às mãos um facão arremessei sobre ela
E com um golpe fatal escancarei-lhe a goela
Onde o sangue jorrou vermelho como o inferno...

–“Poderá haver perdão a tão horrível crime?”
......................................................................
E o Vigário perdoou tendo um gesto sublime,
Quem um dia roubara o seu colo materno.

07.05.2008


v v v v v v v v v

Eterno silêncio

Em tumba de silêncio o coração sepulto
E deixo-o ali viver em séculos de espera.
Mesmo que refloresça a vida em primavera,
Eu deixarei-o só, dos rumores oculto.

A ninguém mais, por certo, irei mostrar seu vulto,
E nem vou acordá-lo ao sorriso e à quimera.
Que rebrilha outro Sol no esplendor de nova Era,
Por certo há de ficar mudo frente a outro Culto.

Melhor deixá-lo assim a dar-lhe nova vida,
Fazê-lo ao sol brilhar, seguir a longa estrada
Que vai do nada ao nada e ao vazio de tudo.

Que assim meu coração de alegria perdida,
Irá viver na tumba escura e abandonada,
E aos lampejos de amor estará sempre mudo.

09.05.2008

v v v v v v v v v

Labor Poético

O Poeta trabalha e seu duro trabalho
É visto com desdém, como um porto inseguro.
E sua inspiração mais lembra um espantalho
Feito de trapos sobre um monte de monturo.

O Poético Labor não serve de agasalho.
Ao corpo mais aquece o espírito, que é puro.
Cada rima tem brilho e o sol é como o malho
Que traz Força, Beleza e Saber sobre o escuro!

O hipócrita condena os versos do Poeta,
Mesmo assim ele, em transe, as suas rimas medra
E tudo o que Ele sente em cantos interpreta.

Só o Poeta consegue em inóspito trilho
De uma mina tirar as fagulhas de pedra,
Dar-lhe a lapidação e deixá-la com brilho.

02.06.2008


Ésio Antonio Pezzato

1 COMENTE AQUI:

Anônimo disse...

Data: 13/11/2009, 15:01:14
Nome: Cléia
Tudo, absolutamente tudo que brota do seu coração é bonito, profundo, delicado e forte, como o homem que vc é.
Suas palavras, apenas refletem p seu interior...que é bonito assim.

Minha Ana Maria e Sissi

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