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12 de novembro de 2009

VERSOS ALEXANDRINOS



Momento de Saudade

Sempre que meu passado, em hinos de agonia
Os meus ouvidos fere em cantos de saudade,
No peito, o coração pulsa com ansiedade
Tentando reviver o que foi brilho um dia.

Cada nota febril vibra em tom de magia:
Sendo ilusão ou não bem parece verdade.
Parecendo viver em sua eternidade
Provoca-me pavor e atroz melancolia.

Recordo um fato e um filme em minha mente rola,
Cada cena é real e de novo revivo
Instante após instante esse instante medonho.

Que a Saudade é somente as migalhas de esmola
Que deixa o coração do passado cativo,
E à realidade mostra um pavoroso sonho.

02.06.2008

v v v v v v v v v

Súplica à Saudade

Instante após instante, instante após instante,
O tormento feroz em meu peito se instala.
Parece que minha alma é uma espaçosa sala
Que abriga com prazer, negra angústia constante.

A dor insana e vil, de forma anavalhante,
Tatua a minha pele e não posso domá-la;
E não posso também numa profunda vala
Ocultar seu furor, ou deixá-la distante.

O desespero é forte e abala os alicerces
Dos meus dias; a angústia em delírios invade
Os cômodos da casa e meu corpo ofegante

Treme de medo e frio. (Oh, tu, que tanto exerces
Teu poder sobre mim, tu, ingrata Saudade,
Vê se pode deixar meu viver um instante!)

02.06.2008

v v v v v v v v v

Cena da Idade Média

Um príncipe e um plebeu morreram certo dia
Carbonizados num incêndio pavoroso.
E restaram somente ante o quadro horroroso,
Alguns ossos dos dois após tanta ardentia.

Misturados, porém, quem é que poderia
Separar do plebeu o príncipe vistoso?
E os ossos ajuntando em um caixão suntuoso,
Tiveram, no Palácio, a fúnebre honraria!

Nas exéquias o Rei chorava e padecia;
Ao lado uma mulher com andrajos vestida
Padecia e chorava ao Rei unindo os ais.

E ambos no mesmo olhar nessa hora de agonia,
Souberam compreender que a morte une na vida
As almas numa só e as dores são iguais.

23.07.2008

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Cosmos
(para meu grande amigo e Biólogo, Professor Wilson Paulino
após uma conversa que tivemos)


Se o Sol é uma laranja, a Terra é um grão de areia
No cósmico Universo, onde bilhões de estrelas
Maiores do que o Sol cruzam as passarelas
De um Mundo ainda maior que outro Mundo clareia.

Forças da Gravidade une-as nesta cadeia
E sonhos abissais espatifam-se nelas!
Ah! quem imaginou ou rascunhou em telas
Esse painel de Luz que gera uma Epopeia?

E o Homem julga-se forte e clama a Eternidade!
Buscando controlar o seu rumo disperso,
Porém, tão ínfimo é, que é um erro da Existência.

Em tudo brilha Deus em Sua claridade!
Arquiteto maior deste Grande Universo,
Onde não há saber que interprete essa Ciência!

01.08.2008

v v v v v v v v v

Meditação

Para mim, ser Poeta, é carregar o fardo
De angústia, desespero e algumas alegrias.
Desbasto as emoções e a inspiração aguardo
Com olhar de lince capto as imagens dos dias.

As rimas musicais se tornam fugidias,
E ponho-me a caçar como feroz leopardo:
Busco encontrar no verso os sons das melodias,
Cerzir a inspiração, e ser, de fato, um Bardo.

Dobo os meus sonhos nus! E nu também me pego!
O ouvido fica surdo, o olhar se torna cego,
A voz torna silêncio e a sós, meditabundo,

Erro ao redor de mim, tateio um rumo escuro,
Presente olho o Passado e à caça do Futuro,
No poço das paixões me arremesso e me afundo.

07.08.2008

v v v v v v v v v

Glória divina
Ao meu amigo, Monsenhor Jorge Simão Miguel

Sob um opaco céu Jerusalém espia
O corpo de Jesus pregado num madeiro.
Negreja a Sexta-feira e o Divino Cordeiro
Em Seu silêncio é só mágoa e melancolia.

E tanto padeceu nessa horrenda agonia
Aquele que Era o Filho único e verdadeiro
Do Pai que está no Céu, e agora, humilde obreiro,
Não sente mais a Luz nesta noite sombria.

Ferido, maltratado e coroado de espinhos,
Humilhado agredido em todos os caminhos,
Dos homens carregou tudo nos ombros nus!

No milagre da Fé de toda a Humanidade,
Eis que retorna à Vida em sua Majestade,
Mostrando-Se maior que sua própria cruz!

22.08.2008

v v v v v v v v v

Prudente de Moraes
(Aos Amados Irmãos da A:. R:. L:. S:. Prudente de Morais)

Prudente de Morais não pode ser, somente,
Uma glória maior à Pátria brasileira;
Da Força e da Beleza é a mais pura semente
E da Sabedoria é uma ave condoreira!

Sendo, como civil, primeiro Presidente,
Fez o nosso Brasil forte em cada fronteira.
Como pedra polida eterna e reluzente,
O País conduziu de forma rara e ordeira.

Como Pedreiro livre uniu o nosso Povo,
Com a argamassa do Amor, trouxe a Fraternidade,
Crendo num Deus maior, Dele foi seu exemplo.

Sendo um Filho da terra, em transes me comovo;
Seu nome há de brilhar além da Eternidade,
E em cada céu azul onde fulgura um Templo!

29.08.2008

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Suposição

Existe, além da Vida (a qual hoje vivemos)
Uma desconhecida e ansiada Eternidade.
– Se nossa vida é um barco, os sonhos são os remos,
Que um dia mostrarão se é Mentira ou Verdade

Esses sonhos azuis que com alma tanto cremos,
Enquanto isso em nossa alma há uma certa ansiedade
E em laivos de explosão, chegamos aos extremos,
Que a descrença é uma crença em nula validade.

Uns juram existir vida além desta vida,
Outros sonham viver no Paraíso eterno.
Como crer ou descrer de tal suposição?

Melhor é contemplar a estrada a ser seguida,
Viver feliz, sonhar, ter na alma um sonho terno,
E ter um grande amor dentro do coração!

29.08.2008

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O Ofício de escrever

O ofício de escrever é penoso e é sofrido,
Só traz desilusão, tenebrosa amargura,
Corre o tempo veloz e esse tempo é perdido,
E fica no papel nossa mensagem pura.

O ofício de escrever deixa desiludido
No peito o coração, que em transe, se aventura
Em seu desejo atroz, porém, incompreendido,
Sente o quão é cruel e esquisita essa agrura.

O ofício de escrever por certo deveria
Trazer a sensação de alívio e paz suprema
Ao fim de cada estrofe e de cada poesia.

O ofício de escrever, porém traz mágoa e espanto;
É ofício de sofrer, e de angústia suprema,
Que embarga a nossa voz no mais sentido pranto.

29.08.2008

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Velhice

Agora que o Inverno em neve vem chegando
Trazendo Solidão e negros pesadelos,
Que as Esperanças vão-se ao largo céu voando,
E não podemos mais os sonhos revivê-los;

Agora que o amanhã se torna incerto e o bando
Das nossas Ilusões são surdos aos apelos
Que rogamos aos Céus e tudo vai ficando
Longe de nossas mãos já frias como gelos;

Agora que o Saber para nós faz alarde,
E que a Força e a Beleza em êxtases de luzes
Junto à Sabedoria é uma Luz colorida;

Percebemos, oh, Deus, que é tarde, é muito tarde;
O tempo por viver nos mostra essas três cruzes,
Onde brilha o Passado e já não há mais Vida!

11.09.2008

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Além desta Vida

Enquanto houver luar, poderemos, querida,
Trocar juras de amor. Eternos namorados
Os nossos corações juntos e apaixonados,
Felizes viverão em paz por toda a vida.

Enquanto houver luar, nós dois, de braços dados,
Teremos por seguir, a estrada ampla e florida.
E a vida por viver, da vida já vivida,
Seremos sempre nós unidos e abraçados.

Enquanto houver luar, minha querida amada,
Poderemos passear na clara madrugada,
E em silêncio ouvirás os versos que te faço.

E quando acontecer do céu tornar-se escuro,
Ainda teremos nós mais vidas no futuro:
Iremos fulgurar como estrelas no espaço!

12.09.2008

v v v v v v v v v

Maria

Serva humilde de Deus, foi assim que Maria
Em seu ventre gerou o rebento Jesus.
Numa noite de frio, em velha estrebaria,
O mundo iluminou com tal facho de luz.

E dois mil anos faz que essa Luz irradia
Emanações de Amor num brilho que seduz.
Esse fecundo Sol é explosão de Poesia
Que em nossos corações traz a Verdade a flux.

Hoje, porém, Maria, é humilhada e agredida;
Em profanos sermões é atacada e ferida,
Como não fosse a Mãe do Deus do Firmamento.

Mas um dia virá, que, Senhora de Tudo,
Haverá de punir com vocábulo rudo
Quem hoje A ofende aqui na hora do julgamento.

12.09.2008

v v v v v v v v v

Confusão

O pensamento está confuso e embaralhado,
– Preciso coordenar e deleatur do arquivo
As ideias sem fim oriundas do passado
Que trazem confusão ao presente em que vivo.

Não cabem mais em mim um sonho outrora amado,
Nem da tristeza posso atar-me e ser cativo.
Um futuro ainda espero airoso e iluminado,
E à ânsia de mais viver no amanhã os passos crivo.

Condensar o que é bom, e fazer um resumo,
Necessário se faz polir as alegrias,
Também dar mais valor para o amor que há em nós.

Vaidades deverão ao céu subir em fumo,
Verdades deverão povoar os nossos dias,
Que a Vida é uma ilusão e passa tão veloz.

15.09.2008

v v v v v v v v v

Impotência

O Verso que se quer, o Verso que se busca,
É sempre o mais sonoro, o mais justo e perfeito.
Mas à nossa vontade há uma parede brusca
Que nossos sonhos trava e cala nosso peito.

O fogo do desejo a inspiração chamusca
E à vontade cumprir, já não existe jeito.
O sonho deste Ideal entre sombras se ofusca,
E o delírio final é cheio de defeito.

A luz de nosso sol que julgamos imensa,
É tão-somente luz de uma pífia lanterna
Que se obumbra ao fulgor de uma oura luz mais densa.

Nos sobra o desconforto ante impotência tanta.
Que nossa luz sequer clareia uma lanterna,
E nossa voz engasga ao chegar à garganta.

15.09.2008


Ésio Antonio Pezzato

1 COMENTE AQUI:

Anônimo disse...

Data: 12/11/2009, 15:23:47
Nome: Amália Porto
Senhor Pezzato, morei no Brasil alguns anos, agora em Portugal...
Encontrei seu site através de um amigo brasileiro. Fiquei fascinada! Suas baladas, seus Sonetos, o Evangelho de Judas... tudo tudo filigranado em ouro da mais pura Poesia. Gostaria muito de ler seu outro poema, Os Caipiras... espero ter tal oportunidade. Daqui, da Pátria de Camões, posso dizer, com certeza: o Senhor é o maior Poeta vivo da língua Portuguesa na atualidade.
Não conheço outro de tanto talento e tanta sensiblidade e tanta variedade no assunto. Fora a forma, perfeita!
Aceite meu abraço além-mar, Amália Porto.

Minha Ana Maria e Sissi

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