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14 de novembro de 2009

VERSOS ALEXANDRINOS


Tesouro Paulista

Contemplo este painel que em brilhos fere a vista!
Cintilação de luz divina e contagiante!
Nosso lendário Rio em marulhar vibrante
É uma paixão maior de beleza e conquista.

Vê-lo uma vez somente e o pensamento amante
Se eleva para Deus, que dele foi o Artista.
Seu eterno esplendor é um tesouro Paulista
Que está no coração de cada Bandeirante!

Meu velho Paiaguá guarda tantas histórias!
Conquistas imortais recobertas de glórias,
Tanta vida esquecer, não haverá quem finde-a!

E ao contemplar eu Salto extasiado de encanto,
Das pedras cuido ouvir magoado e triste canto:
– É o cântico de amor de melancólica índia!

16.09.2008

v v v v v v v v v

Inspiração

Única em seu momento, a Inspiração é fruto
De vibração divina e magia concreta.
Nesse instante de luz e em êxtase, o Poeta
Lembra um deus a criar o Mundo num instante.

E essas tais vibrações em delírios a escuto
E tudo quanto escuto a minh’alma interpreta.
O verso vai surgindo e em forma mais correta
Tento tudo fazer, e a Deus, teço um tributo.

Na magia que vibra, e esplende, e grita, e sua,
O silêncio domino e a febre me entorpece,
Frente às Palavras sinto a Vida que tressua.

Um delírio feroz nesse instante acontece:
Em frente à Eternidade a alma sinto estar nua,
E no Templo da Vida, o meu verso é uma prece.

16.09.2008

v v v v v v v v v

Sonhos azuis


Sonhos, sonhos azuis, sonhos que nós sonhamos
E queremos viver mil séculos num dia.
Mal rebenta a florada em desfolhados ramos
E ansiamos por comer o manjar de ambrosia.

Tudo queremos ter numa simples magia;
Se, se demora o tempo, infindáveis reclamos
Passamos a tecer em funda sinfonia
E queremos no agora, o que em ânsia esperamos.

Dentro dos sonhos nós um dia a mais vivemos,
E com tal ilusão eles são ágeis remos
Que nos levam ao Sol de um dia colorido.

Sonhos, sonhos azuis. Doida e vaga esperança,
Onde fazemos nós reviver a criança
Que fomos no passado hoje morto e esquecido.

17.09.2008

v v v v v v v v v

Painel Caipira I

Contemplo, no horizonte, o céu todo estampado
De violáceos vergões. É inverno. Venta. É agosto.
Pálido, o Sol é um Rei vencido e destronado,
Mas surge a Lua-cheia e lhe arrebata o posto.

Brilham faíscas e o céu fica todo estrelado.
Em delírio, fitando esse dossel exposto,
Lanço para o Infinito os olhos e extasiado
Sinto placas de luz moldando-se em meu rosto.

Lerdo, cordeia o Rio. O silêncio é profundo.
Na mansidão sem fim há espasmos e arrepio.
De tais cintilações me abasteço e me inundo.

Como audazes leões de tais alegorias,
Guardando com furor a alma de nosso Rio,
Vislumbro, em sentinela, os Bonecos do Elias.

18.09.2008

v v v v v v v v v

Revelação

Bordado no Infinito há um rosário de estrelas:
– Bilhões de olhos de Deus que nos contemplam mudos! –
São transubstanciações divinas, e eu, a vê-las,
O cérebro mergulho em secretos sentidos.

É o mistério maior esparramado pelas
Celestes amplidões de silêncios e escudos.
Fagulhas de ouro em pó, brilhantes sentinelas
Errando pelo espaço em broqueis e veludos!

E não há quem decifre essas luzes secretas!
Cientistas em furor tecem longos tratados
E em ogivas de luz lançam fulmíneas setas.

Deus, silencioso ri de tais estratagemas,
Aos Poetas, porém, em versos aureolados,
Segredos tais revela em mágicos poemas!

19.09.2008

v v v v v v v v v

Incerteza

Enquanto a Vida passa em frenéticas horas,
No insano acumular de dias, meses e anos,
Ignoramos que o Tempo é um suceder de auroras
Que traz um novo Sol a clarear nossos planos.

Voam as estações, revivem novas floras,
O fluxo das marés regurgita os oceanos,
Mistérios vão e vêm afeitos em escoras,
Enquanto a Vida passa em seu singrar de enganos.

Nós, cobaias do Tempo, os sonhos ardilamos,
O eterno acumular de ontens em nossas vidas
É um viver esquecido a apodrecer nos ramos,

Próximo passo o fim... No caminhar errante
Sonhamos ainda ter mil glórias coloridas,
Mas talvez inexista um passo a mais adiante.

19.09.2008

v v v v v v v v v

Painel Caipira II
(Para a historiadora, minha Amiga, Marli Terezinha Gernano Perencim)

Rua do Porto. Em tudo há um misticismo denso.
O Rio em mansidão corre em silêncio... o Rio
Parece carregar num lúcido amavio
A olhar de um pescador em seu silêncio imenso.

Olhando o casario à beira d’água, penso
Num velho Povoador que aqui chegou, num frio
E lacerante inverno, e ouço, como em cicio,
O sonho de um Tupi em seu viver intenso.

E penso distinguir entre tantos fulgores,
Num delírio infernal nas misturas das cores,
Os Dutras a pintar maravilhosas telas.

Numa pedra do Salto e Lagreca me encanta!
E ouço uma voz febril: é Cobrinha que canta
Lindas canções de amor sob um luar de estrelas.

22.09.2008

v v v v v v v v v

Prelúdio ao Sono

Todas as noites quando, à hora do sono ponho
A cabeça no velho e fofo travesseiro,
E espero por Morpheu, que às vezes é tardonho,
O pensamento voa e fico aventureiro.

Pego-me a arquitetar meu castelo de sonho.
E sinto o coração bater forte e ligeiro.
O dom de ser Poeta assim me faz risonho
E imagino-me herói, um soldado-guerreiro.

Porém chega Morpheu estendendo-me os braços.
E cambaleante vou, tropeçando nos passos
Onde a imaginação me leva a qualquer preço.

Rápido chega o transe e me embalo no sono.
E nesta letargia onde tudo é abandono,
Das minhas ilusões rapidamente esqueço

23.09.2008

v v v v v v v v v

Paixão Caipira
(aos de minha Terra)


Rua do Porto. Quando este Recanto fito,
Sinto no coração um quê sagrado e santo.
Definitivamente este Solo bendito
Faz que meu peito expluia em delírios e encanto.

Maravilhas sem fim de tão belo recanto,
São belezas sem par na tela do Infinito.
Súbito, a inspiração transmuda a voz em canto,
E penso ser Ramsés frente ao Nilo, no Egito!

Pirâmides de orgulho atufam minha Lira!
E com versos de brasa acendo a flâmea pira
Para louvar aos Meus sem cometer enganos!

E frente a esse painel de recônditos brilhos,
Uno-me a tantos mais, teus adorados filhos,
Pois somos todos nós, Caipiracicabanos!

24.09.2008

v v v v v v v v v

Bucolismo

No céu há um festival de lusco-fuscos de ouro.
– Parece que um pintor, a espanejar estrelas
Borrifa com pincéis emolduradas telas
A fim de esparramar esse belo tesouro.

O ouro em pó brilha no ar. E fico doido a vê-las
Buscando em ânsia achar algum ancoradouro
Para, numa bateia abrir-se em facho louro
Para as cores luzir das puras aquarelas.

As sombras vão chegando. Aves, em bandos vários,
Reproduzem nos céus fantásticos cenários
Em ziguezagues tais que se embaralha a vista.

A ouvir da Catedral os sinos, me arrepio.
E cuido ouvir no céu d’uma araponga um pio,
Enquanto atrás da terra o sol abaixa a crista.

24.09.2008

v v v v v v v v v

Parque da ESALQ
(Para meu amigo Antonio Roque Dechen)

Fazenda São João. Escola Agronomia.
Nos verdes campos onde os meus passeios faço,
Vou colhendo sem pressa as flores da Poesia
Enquanto o olhar se perde, em êxtase, no espaço.

Verdes de verdes mil, fantástica magia,
Estupor! Frenesi! Prazer! E passo a passo
Na mistura do encanto há um sonho que alumia
A alma que sente o ardor de caricioso abraço.

Trinados vão ao céu, há delírios alados,
Sombras mancham a terra e os musgos esverdeados
Parecem pintalgar esperanças sem fim.

E nesse divagar eu fantasio tudo,
Chegando a imaginar nesse passeio, mudo,
Luiz de Queiroz feliz, passar perto de mim.

24.09.2008

v v v v v v v v v

Velho fantasma

Eis o Engenho Central. Espectro de um passado
Que outrora alavancou esta nossa Cidade
Com fainas de progresso e de prosperidade
Num insano labor ferrenho e adocicado.

Eis o Engenho Central, a beira-rio armado,
Sonhos acumulando em luz e claridade;
Vomitando a garapa, o álcool em densidade,
E sacas, aos milhões, de açúcar refinado!

É um fantasma imponente a refletir no rio
Janelas e vitrais quebrados, retorcidos,
Numa visão de horror que provoca arrepio.

Eis o Engenho Central que se estende em destroços:
Tens apenas por glória – os dias já vividos,
Por presente, a sangrar, avermelhados ossos!

25.09.2008


Ésio Antonio Pezzato

1 COMENTE AQUI:

Jardel Estevão disse...

Saudações Esio,

Fico contente com seu brilhante trabalho. Continue neste caminho, mmeu caro, pois vida sem Poesia não é vida.

Força, hoje e sempre.

att

Jardel.

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