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4 de dezembro de 2009

FLORES SECAS - Sonetos Alexandrinos (cont)


Eras tu o Poeta

Eras tu o Poeta... e eu era tão somente
Aquela que te ouvia os versos que compunhas.
Hoje, porém, partiste e tristonha e demente,
Com esta solidão vivo roendo as unhas.

Eras tu o Poeta... e puseste a semente
Dentro do meu viver do amor que não supunhas...
E este amor eu vivi escandalosamente;
– As flores do jardim são minhas testemunhas! –

Eu, atenta te ouvia os versos rendilhados...
Redondilhas azuis, baladas e sonetos,
Rimas da cor do sol, cantos apaixonados...

Hoje, sozinha estou, a solidão me avisa.
De tudo o que cantaste eu recolho os gravetos,
Mas não sei escrever... eu não sou Poetisa...

23.10.2003
Porto de Galinhas, PE


Sodomia

Venço tua razão, domino-te a vontade,
Prendo o teu corpo arfante em transe de loucura.
As tuas carnes violo em força e intensidade,
Depois te deixo só dentro da mata escura.

A noite cai. A treva invade a ampla espessura.
Teu corpo imóvel, preso, é tremor e ansiedade.
Em vão tentas gritar, porém, forte atadura,
Aprisiona teus ais, e à boca traz secura.

Presas, as tuas mãos, os nós firmes e tesos,
Impedem-te escapar. Os teus olhos aflitos
Vasculham ao redor. Nada podes fazer...

Delírios vão além... Teus sentidos acesos...
Eclodem os zunzuns da noite em frios gritos.
Há tremor de teu corpo. Orgasmos de prazer.

25.11.2003


O amor que brilha em mim


O amor que brilha em mim de forma pura e intensa
E faz meu coração palpitar delirante,
Conduz meu verso para a aleluia da crença,
E torna a minha voz num sussurro ofegante.

Te amo em delírio azul! Não peço recompensa
Ao que sinto por ti e ao meu desejo amante.
Sinto perfumes no ar, a alma à tua se prensa,
E digo que sou teu num tempo eqüidistante.

Ignoras meu sentir, minhas dores ignoras,
Ris aos desejos meus, obumbras os meus sonhos,
E displicente vais buscar rijas auroras.

Sou teu, sou todo teu, sou teu de forma densa,
Mas queres ofuscar com esgares medonhos
O amor que brilha em mim de forma pura e intensa.

05.01.2004


Fúria do prazer

Tomo das tuas mãos, às minhas prendo-as, tomo
Teu coração fremente e junto ao meu o amarro.
Prendo tua razão, teu pensamento domo,
E insano de delírio a tu’alma eu agarro.

Somos nós dois um só, somos do mesmo barro
Que transformou em carne o sonho desse assomo.
Pura, te quero em luz, em cujo raio esbarro
O supremo prazer sem hora, ou quando ou como!

É volúpia que vibra entre tapas e beijos,
Entre escrava e senhor, orgasmos e desejos,
Entre ferir e amar e soltar e prender.

Branca visão de luz do amor que eu amo tanto,
Que me faz delirar na paixão desse canto,
E que me faz morrer na fúria do prazer!

16.01.2004


Oferta

Eu te ofereço além dessa paixão extrema
A ânsia de refrear desejos e verdades.
Para te conduzir à glória mais suprema:
Fazer-te sucumbir frente minhas vontades.

Eu te ofereço mais... A mais preciosa gema
Que existe na palavra e prende em férreas grades.
Te ofereço grilhões e cristalino estema
Feita de etéreos nós, feita de insanidades.

Te ofereço o poder da submissão completa,
Tu sendo Musa-escrava, eu sendo o teu Poeta,
Para te contemplar na prisão do meu verso.

E estarás por prazer presa em tão ferrenho elo,
Que jamais poderás fugir deste castelo
Onde o Poeta-rei será teu Universo!

15.03.2004

Concerto da Vida

O tempo é uma ilusão. Dentro dele vivemos
Na determinação que nos é concedida.
Assim como no rio os braços tangem remos,
Dentro do espaço baila o concerto da Vida.

Quando chegamos nós nos pontos mais extremos,
E acenamos do cais nossa própria partida,
O tempo continua em delírios supremos
Sem se deter a ver a nossa despedida.

E o tempo continua a arquitetar su’arte,
Modelando feições nas cristas das montanhas,
Desenhando painéis num saudoso estandarte.

Sua força feroz o século não gasta,
Porém, quebra a Esperança e com forças estranhas,
Ao silêncio do vácuo o pensamento arrasta.

23.03.2004



Ésio Antonio Pezzato


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