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19 de dezembro de 2009

GLOSA



Glosa

E eu vou sozinho, pensando
Em teu amor, a sonhar,
No ouvido e no olhar levando
Tua voz e teu olhar.
(Olavo Bilac)


Noite alta. O luar prateia
Da cidade cada rua.
Minha alma vagueia nua,
Devaneia, devaneia.
A lua fulgura cheia,
Todo o céu está brilhando.
Passa um vento leve, brando,
E solitário caminho.
Como sempre vou sozinho
E eu vou sozinho, pensando...

Ela invade a minha mente.
Por que penso tanto nela?
Por acaso não sabe Ela
Que a minha alma tanto sente
A sua ausência fremente
Nesta noite de luar?
Ando sozinho a vagar
Em febre a mente é uma ilha.
E o pensamento fervilha
Em teu amor, a sonhar.

Por sob o luar de prata
Cintilam milhões de estrelas.
Extasiado fico a vê-las
Pensando em quem me maltrata.
Ouço ao longe a serenata
E dois violões tocando.
Ai, até quando, até quando
Viverei com tal miragem?
Já que sigo na viagem
No ouvido e no olhar levando?

Tão doce lembrança invade
Meu coração num momento.
E eu esparjo pelo vento,
Pelas ruas da cidade,
Que estou morto de saudade
Pois estou a carregar
Em cada instante a sonhar,
Teu olhar e teu sorriso,
E ouvir e sentir preciso,
Tua voz e teu olhar.

27.02.2008


Glosa

A mulher do Alentejo
Leva mais longe a razão
Nas canseiras, em sobejo
Constroi direitos e pão.
(Quadra portuguesa)


Mulheres de todo o mundo
E de todos os lugares,
Dentro de vossos sonhares
Brilham num sonho fecundo.
E nesse sonho profundo
Mais aflora o meu desejo
Se elas merecem um beijo
Em tal sonho ardo e deliro.
Pois em meu sonho suspiro
A Mulher de Alentejo.

Essa mulher tão bonita
Tão ponderada e sincera,
Tem no olhar a primavera
De maneira que acredita
Que a esperança é-lhe infinita.
De encantos seu coração
Modula eterna canção
Eu dela tão longe vivo
Que o pensamento cativo
Leva mais longe a razão.

Procuro-a em sonhos floridos
E a minh’alma não se cansa
De ter tamanha esperança.
Dentro dos dias vividos
Trago sonhos coloridos
E o sonho o amor por ensejo
Mas pelo mundo só vejo
Que nos rumos onde sigo
Nos ombros segue comigo
Nas canseiras, em sobejo.

Essa mulher caridosa
Faz do amor a sua prece,
Por isso, por Deus merece
Ter as pétalas de rosa
Na estrada maravilhosa
Onde for seu coração.
Essa mulher, que emoção,
Inspira agora o meu verso
E nas fímbrias do Universo
Constroi direitos e pão.

14.03.2002




Glosa

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
(Fernando Pessoa)



O poeta nesta vida
Do prazer tece uma lira.
Cria um mundo de mentira
Sonha a esperança perdida.
Longa é a estrada percorrida
Para encontrar um amor.
Mas encanta-se com a flor
Pendida num tênue galho
E ao prometer-lhe agasalho,
O poeta é um fingidor.

À flor faz ele uma crença
E se mostra apaixonado.
O mundo deixa de lado
Para ter a recompensa
Da ternura mais imensa
De tudo o que em glórias sente.
Contudo o poeta mente
Pois mentir é sua glória.
Ao lembrar tão bela história
Finge tão completamente.

A flor que não tinha dono
E perfumava o caminho,
Foi arrancada do ninho
– Primavera fez-se outono.
E o poeta no abandono
Da flor roubou o frescor.
Deixou-a no chão sem cor
E agora demonstra ao mundo
O seu delírio profundo,
Que chega a fingir que é dor.

E o poeta entristecido
Junta no chão os gravetos,
Constroi amargos sonetos
Do sonho vê-se perdido.
E seu pranto derretido
Rega no chão a semente
Que nascendo novamente
Traz ao poeta alegria,
E ele diz numa poesia
A dor que deveras sente.

31.01.2008


Glosa

Menino passarinheiro
– Caçar era a minha lei! –
Hoje vivo prisioneiro
Nas arapucas que armei.
(E. A. P.)


Da bela infância vivida
Em tempos de hoje saudade,
Distante uma Eternidade
Que parece de outra vida...
Mas a lembrança florida
Deixa-me ser cancioneiro.
Desse sonho aventureiro
A gaiola hoje vazia
Faz lembrar que fui um dia
Menino passarinheiro.

Pintassilgos, avinhados,
Azulões e correntinos.
Eram belos os destinos
E os tantos sonhos sonhados.
Eram os sonhos dourados,
Cada um era um grande rei.
(Por que agora assim sonhei?)
E lembro tão doce infância
– Saudade evola fragrância,
– Caçar era a minha lei! –

O tempo nos fez adultos
E se foram os amigos.
Dentro de férreos abrigos
Hoje trazemos ocultos
Fantasmas de velhos vultos
E um coração estrangeiro.
Por mil caminhos esgueiro
E ao sonhar essa lembrança
De meus tempos de criança,
Hoje vivo prisioneiro.

Belo sonho evaporou-se
Com o calor do sol da tarde.
O silêncio faz alarde
De um tempo que foi tão doce.
A saudade aqui me trouxe
Nos espinhos me estrepei.
Por mil estradas vaguei
Mas sempre estive indefeso.
Passarinheiro estou preso
Nas arapucas que armei.

31.01.2008


Glosa

Veja só quanta imprudência,
– Que terrível pesadelo! –
Casou por correspondência
E a noiva veio sem selo.
(E. A. P.)


Nesta vida é necessário
Estar sempre muito atento,
Porque num só movimento
Nosso belo itinerário
Transforma-se num calvário
Onde a atroz maledicência
Machuca a nossa consciência
E o paraíso áureo, eterno,
Transmuda-se num inferno,
Veja só quanta imprudência!

Moço rico, índole boa,
Foi pescar numa cidade
Onde havia quantidade
De cardumes na lagoa.
Mas ficou sorrindo à toa
Ao ver rosto tão singelo,
Olhar casto, doce, belo,
Nos seus olhos por olhares,
Serenos, crepusculares.
Que terrível pesadelo!

Ao retornar do passeio
Suspirava, suspirava,
Su’alma caíra escrava
Da donzela em doce enleio.
Vivia no devaneio
Sofria com tal ausência
Aos céus clamava clemência
E foi tanto o sofrimento
Que a pediu em casamento
– Casou por correspondência! –

Só depois de quinze dias
Foi buscar a sua esposa,
– Doidejante mariposa! –
De farras e fantasias.
Mas funestas heresias
Ao seu peito trouxe gelo...
Tratou-a com tanto zelo
Porém ao provar tal doce
O moço rico danou-se
E a noiva veio sem selo.

31.01.2008


Glosa

Não sei se é fato ou se é fita,
Não sei se é fita ou se é fato.
O fato é que ela me fita,
Me fita mesmo de fato.
(Anônima)

Passa em frente à minha casa
Linda mulher – é casada.
Passa dengosa a safada
No dedo a aliança é brasa.
Em requebros ela arrasa
E a multidão deixa aflita.
A boca vermelha agita
Mas parece um passarinho
Querendo sair do ninho.
Não sei se é fato ou se é fita.

Passa toda oferecida,
Lança olhares ternos, quentes.
Seios pontudos, ardentes,
São dois pecados na vida.
A cabeleira comprida
Lembra um dourado artefato.
Por ela me desbarato,
Faço um dia uma loucura.
Me flerta toda em ternura,
Não se é fita ou se é fato.

Pensamento devaneia:
Um dia a abordo na rua,
E ela passa, seminua,
Lançando olhar de sereia.
Mas é porta de cadeia
Tanta beleza infinita.
Porém, o meu peito grita
E ela o olhar joga de lado.
Mas não posso estar errado:
O fato é que ela me fita.

Mas contemplo-a da janela
E ela passa sorridente.
Na calçada displicente
Olhar furtivo revela.
Mas na estreita passarela
Muda a cena. É novo ato.
Com seu olhar de retrato
A safada sem vergonha
Por quem a minha alma sonha,
Me fita mesmo de fato.

26.02.2008






Esio Antonio Pezzato










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