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19 de dezembro de 2009

GLOSA



Glosa

Não deixa de ser tolice
Trabalhar a vida inteira;
Quando se chega à velhice...
Sem tostão no algibeira!
(Maria Célia C. Roque – Portugal)



Mal o galo acorda o dia
Já dou um salto da cama.
Dou dois beijos em quem me ama
E parto para a porfia
Na mais penosa agonia...
No peito tenho a crendice
Que já nem sei quem me disse,
Que o trabalho é que enobrece...
E crer assim nesta prece,
Não deixa de ser tolice...

Mal vejo o crescer dos filhos
E a garrulice da infância...
De todos tenho distância
Pois nos olhos trago os brilhos
De apenas seguir os trilhos
De uma glória feiticeira...
E a vida corre faceira...
Mas carrego em minha mente
Apenas o sonho crente:
Trabalhar a vida inteira!

E o tempo – feito fumaça,
Enegrece meus projetos...
– Meu Deus! Vieram os netos!
E a vida como trapaça
Mais veloz que o vento – passa...
Se na juventude eu visse
Que obrar tanto é cretinice...
Não vale o arrependimento
Que se abre a mim no momento
Quando se chega à velhice...

E deste trabalho tanto
Resta-me por recompensa:
Tristeza, angústia, doença,
Um martírio em cada canto
E uma vida sem encanto...
Só tenho por companheira
Neste triste fim de feira
O tédio no fim do dia
E uma esperança vadia
Sem tostão no algibeira!...

15.03.1998



Décimas

Fui cruzando o mar da vida
Numa constante odisséia,
Como uma abelha perdida
Longe de sua colmeia.
(Clementino D. Baeta)



De meu barco alcei as velas
E me pus em mar aberto.
Vagando num rumo incerto
Guardei na retina as telas
De tantas paisagens belas.
Com vontade desmedida
Não foi minh’alma ferida,
Nem me venceu a inconstância.
Vencendo qualquer distância
Fui cruzando o mar da vida.

Vencendo clima diversos
Tracei então minha meta:
Fui trovador, fui poeta
Dos mais largos Universos
Nas batalhas destes versos.
Após tamanha epopeia
Consigo hoje ter a ideia
De tanta luta ofegante:
De todas eu fui amante
Numa constante odisseia.

Por vezes me vi singrando
Desconhecidos caminhos.
Fiquei distante dos ninhos
De quem ficou me esperando:
– Ave perdida do bando!...
Porém, levei de vencida
As artimanhas da vida
Nem me senti à quimera
Com o fim da primavera,
Como uma abelha perdida.

Colhi do chão os gravetos
E rimei minha poesia.
Traduzi em melodia
Os inspirados sonetos
Que tive por amuletos.
A alma não mais devaneia,
Foge dos bancos de areia...
No ocaso que se avermelha
Jamais me sinto uma abelha
Longe de sua colmeia

14.05.1998


Glosa

A vida faz-se a lutar
P’lo direito mais profundo
De se poder alcançar
O amor e a paz no mundo.
(Jorge Marques – Portugal)



Sou Poeta! A minha Lira
Faz parte do meu trabalho.
A rima é meu agasalho
O poema é minha pira.
Tudo na vida me inspira:
Uma noite de luar,
Um coração para amar,
Mar achar o Paraíso
Ouça bem o meu aviso:
A vida faz-se a lutar!

Mas o mundo não compreende
De Deus as Suas vontades...
Busca achar amenidades,
Na vida vai – qual duende...
Somente o Poeta entende
Os caminhos deste mundo,
E cada vez mais fecundo
Engasta a rima ao seu verso,
Luta junto ao Universo
P’lo direito mais profundo!

O Poeta cria o canto,
Solta a voz – se faz Profeta!
Faz da paz – a sua meta,
Faz do amor – o seu encanto.
Jamais aproveita o pranto
Para a glória conquistar;
O que pode agasalhar
Prende em áureo diadema.
Eis a glória do Poema
De se poder alcançar!

Assim o Poeta, à vida,
Erige seu Monumento,
Na melodia do vento
Esparge a essência florida...
Mesmo tendo a alma ferida,
Jamais se vê moribundo.
O seu desejo vai fundo
Pois o Poeta só sonha
A ter na estrada risonha:
O amor e a paz no mundo!

15.04.2001


Glosa

Das línguas todas da Terra
Só uma é universal.
Ouço-a no mar; e na serra...
Ouço-a cantar Portugal!
(José Francisco Rodrigues)


Quero encontrar em meu canto
A forma exata e correta
Para, na arte de Poeta,
Ao meu verso dar um manto
Que tenha fulgor e encanto...
Tal desejo em mim encerra
E o eco em minh’alma berra,
Portanto minha mensagem
Da Palavra tem a imagem
Das línguas todas da Terra.

Perguntam-me: – Qual o idioma
Que tu, Poeta, nos falas?
Que áurea harmonia trescalas
No mais suavíssimo aroma?
Está n’alguma redoma
Este canto celestial?
Em qual país afinal
Existe formosa lavra?
Se tem ouro na Palavra:
Só uma é universal!

– Conheço as línguas latinas
Em todas as suas formas,
Decifro até suas normas
Em constantes sabatinas.
Mas tu, Poeta, iluminas
Todos os cantos da terra
Com este canto que encerra
Amor, encanto, ternura...
E tua voz que fulgura
Ouço-a no mar; e na serra...

– José Francisco Rodrigues
Já nos disse numa trova
E a Palavra não é nova...
– Meu amigo, não me obrigues
Também comigo não brigues;
Este canto é natural,
Foi de Pessoa e Quental,
Camões já o pôs em seu verso
E ao ecoar no Universo
Ouço-a cantar Portugal!

15.02.2001


Esio Antonio Pezzato


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