Soneto Desverbado
Olhos abertos, mas com a mente hermética,
A boca em berros – o meu verso em prólogo,
E a noite na ciranda de um astrólogo,
Em devaneios ásperos, patética.
Totalmente sem nexo, qual teólogo
Numa redoma cintilante e estética,
À luz da treva mais do que sintética,
Palavras soltas, trágico monólogo...
Difícil união neste propósito..
Pensamentos de pólvora, depósito
Do medo, da traição, cruel capítulo...
E eu, Poeta egocêntrico, num cântico,
A alma em contraste e com teor romântico,
– Ao amor nunca um verso como título.
15.09.1994
Olhos abertos, mas com a mente hermética,
A boca em berros – o meu verso em prólogo,
E a noite na ciranda de um astrólogo,
Em devaneios ásperos, patética.
Totalmente sem nexo, qual teólogo
Numa redoma cintilante e estética,
À luz da treva mais do que sintética,
Palavras soltas, trágico monólogo...
Difícil união neste propósito..
Pensamentos de pólvora, depósito
Do medo, da traição, cruel capítulo...
E eu, Poeta egocêntrico, num cântico,
A alma em contraste e com teor romântico,
– Ao amor nunca um verso como título.
15.09.1994
Esio Antonio Pezzato
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