Ao Crepúsculo
Todos os dias, quando a noite desce,
E o sol despede-se fazendo prece
À hora crepuscular,
E há prelúdios de salmos entre as aves
Que em allegros sublimes e suaves
Instigam-me a cantar...
E ao longe, o terno sol d’Ave-Maria
Invade o espaço e há ecos de Poesia
A retumbar nos céus;
Olho o horizonte que de luz se banha,
E penso ouvir nas cristas da montanha
O respirar de Deus!
De joelhos então – piedoso monge! –
As minhas vistas lanço ao longe... ao longe,
E faço uma oração,
E nest’hora de mago franciscano,
Ouço o choque das águas do Oceano
Fazendo uma Canção!...
É formoso o momento – este momento
Que a Água e a Terra em divino Mandamento
Ajoelham-se ao Senhor.
E tudo numa arcoirisada crença
Faz, em pura oblação, a mais intensa
Declaração de Amor!
Tudo – neste momento contagiante,
Une-se num só grito altissonante
De mágico refrão...
Vibra a lia, flautins silva, chilreiam,
E as almas toda do Universo anseiam
De ouvir uma canção.
E o Senhor canta quando a noite chega...
Até parece uma escultura grega
Quando fala o Senhor...
E sua fala – mágico tesouro! –
Faz que as palavras se transformem no outro
Dos instantes de amor!
Oh, Poetas, vós todos, acredito,
Com os ouvidos lançando no Infinito
Já ouviram esta Luz –
A Luz que brilha e ao mesmo tempo fala,
E enquanto fala – suave essência exala
E brilhos lança a flux!
Oh, Poetas, sois voz a semelhança
Perfeita do Senhor, pois se Ele lança
Esse facho triunfal;
Vós fazeis a Epopéia num só verso,
Para glorificar todo o Universo
Com o sobrenatural...
E Deus também nos mostra que é Poeta,
Pois com rimas de luz e voz de Esteta,
Perlustra a Imensidão
E atira sobre nós sua bafagem
Para lembrar que o Grande Personagem
De toda a Criação!
23.05.1983
Todos os dias, quando a noite desce,
E o sol despede-se fazendo prece
À hora crepuscular,
E há prelúdios de salmos entre as aves
Que em allegros sublimes e suaves
Instigam-me a cantar...
E ao longe, o terno sol d’Ave-Maria
Invade o espaço e há ecos de Poesia
A retumbar nos céus;
Olho o horizonte que de luz se banha,
E penso ouvir nas cristas da montanha
O respirar de Deus!
De joelhos então – piedoso monge! –
As minhas vistas lanço ao longe... ao longe,
E faço uma oração,
E nest’hora de mago franciscano,
Ouço o choque das águas do Oceano
Fazendo uma Canção!...
É formoso o momento – este momento
Que a Água e a Terra em divino Mandamento
Ajoelham-se ao Senhor.
E tudo numa arcoirisada crença
Faz, em pura oblação, a mais intensa
Declaração de Amor!
Tudo – neste momento contagiante,
Une-se num só grito altissonante
De mágico refrão...
Vibra a lia, flautins silva, chilreiam,
E as almas toda do Universo anseiam
De ouvir uma canção.
E o Senhor canta quando a noite chega...
Até parece uma escultura grega
Quando fala o Senhor...
E sua fala – mágico tesouro! –
Faz que as palavras se transformem no outro
Dos instantes de amor!
Oh, Poetas, vós todos, acredito,
Com os ouvidos lançando no Infinito
Já ouviram esta Luz –
A Luz que brilha e ao mesmo tempo fala,
E enquanto fala – suave essência exala
E brilhos lança a flux!
Oh, Poetas, sois voz a semelhança
Perfeita do Senhor, pois se Ele lança
Esse facho triunfal;
Vós fazeis a Epopéia num só verso,
Para glorificar todo o Universo
Com o sobrenatural...
E Deus também nos mostra que é Poeta,
Pois com rimas de luz e voz de Esteta,
Perlustra a Imensidão
E atira sobre nós sua bafagem
Para lembrar que o Grande Personagem
De toda a Criação!
23.05.1983
Esio Antonio Pezzato
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