Durante o Temporal
(25.11.1987)
Chove torrencialmente. A chuva grossa
Despenca aos borbotões, do espaço aberto.
Meu coração, de súbito, alvoroça,
Não e sentindo perto.
A enxurrada, na rua, desce, cresce...
Meu desespero sobe e me apavora.
A chuva me alucina, me entorpece,
A alma em pancadas, chora...
Lá fora a tempestade turbulenta,
Aqui dentro, relâmpagos, escolhos...
O sofrimento aumenta, aumenta, aumenta,
Há trovões em meus olhos.
Tento entreter o espírito... procuro
Um livro para ler... mas um corisco
Fulmíneo, rasga o céu, fico no escuro,
Nos olhos cai um cisco.
Uma goteira pinga na varanda
E a cadência monótona, me irrita.
Onde, meu Deus, onde será que Ela anda?!
A chuva deixa-a aflita!
O martírio é sem fim... vou procura-la,
Penso. Estará talvez toda molhada.
Eis que chega. Tremendo. Adentra a sala,
Me beija e não diz nada...
(25.11.1987)
Chove torrencialmente. A chuva grossa
Despenca aos borbotões, do espaço aberto.
Meu coração, de súbito, alvoroça,
Não e sentindo perto.
A enxurrada, na rua, desce, cresce...
Meu desespero sobe e me apavora.
A chuva me alucina, me entorpece,
A alma em pancadas, chora...
Lá fora a tempestade turbulenta,
Aqui dentro, relâmpagos, escolhos...
O sofrimento aumenta, aumenta, aumenta,
Há trovões em meus olhos.
Tento entreter o espírito... procuro
Um livro para ler... mas um corisco
Fulmíneo, rasga o céu, fico no escuro,
Nos olhos cai um cisco.
Uma goteira pinga na varanda
E a cadência monótona, me irrita.
Onde, meu Deus, onde será que Ela anda?!
A chuva deixa-a aflita!
O martírio é sem fim... vou procura-la,
Penso. Estará talvez toda molhada.
Eis que chega. Tremendo. Adentra a sala,
Me beija e não diz nada...
Esio Antonio Pezzato
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