In Memoriam
Sem ti eu volto para a nossa casa
E uma angústia de morte, me tortura!
Infinita tristeza ora me arrasa
Já que ficaste numa sepultura...
Estás agora na Eternal morada
Onde o Silêncio –tens por companhia;
– Não mais verás o brilho da Alvorada
Nem verás o nascer de um novo dia.
E eras tão moça, eras tão jovem, tudo
Ao teu redor desabrochava em rosas...
– Teu futuro está mudo, mudo, mudo,
Não mais terás manhãs maravilhosas!
Entro agora, em silêncio, no teu quarto
Onde tudo ainda está como deixaste.
Para mim é difícil este parto,
– Rosa arrancada abruptamente d’haste...
Retratos espalhados pela cama,
O chinelo em que andavas sem alarde,
Lençóis bordados, bibelôs e a chama
De uma vela apagada que não arde.
Na penteadeira estojos de pintura,
Um livro de poesias que eu, um dia,
Te ofertei com carinho e com ternura...
(Eu dar poesias para uma Poesia!)
Tudo é teu e mais nada te pertence
Já que não mais estás aqui presente.
Por mais que eu me torture, chore, pense,
Para sempre estarás de mim ausente.
A tua cama desmontar iremos,
Teu quarto agora vai ficar vazio...
– eu barco não precisa mais de remos
Pois flutuando vai seguindo o rio...
Há frio na minh’alma, atra amargura,
Neste meu coração silêncio, tédio...
Sem ti a vida me será bem dura
E para a solidão – não há remédio...
Eu irei visitar tua morada
Mas tudo me será bem diferente:
Nada tu me dirás, ai, nada, nada,
O teu silêncio e fará presente.
Querida Amiga, nada mais existe
Do que a recordação... do que a Saudade
Que deixa o coração no peito triste
E triste fica cheio de ansiedade.
Não mais irei ouvir os teus conselhos;
Mas parece que vejo ainda teu rosto
Refletido no brilho dos espelhos
Onde te embelezavas com bom gosto.
Quando á tarde, Gounod, na Ave-Maria
Preludiar a noite em seus recamos,
Eu irei te escrever uma Poesia
Para o tempo lembrar que nos amamos...
E se tu, no Silêncio e na Quietude
Escutares meus versos, como prece,
Lembra de nossa linda juventude
E um beijo manda a quem jamais te esquece...
14.05.1986
Sem ti eu volto para a nossa casa
E uma angústia de morte, me tortura!
Infinita tristeza ora me arrasa
Já que ficaste numa sepultura...
Estás agora na Eternal morada
Onde o Silêncio –tens por companhia;
– Não mais verás o brilho da Alvorada
Nem verás o nascer de um novo dia.
E eras tão moça, eras tão jovem, tudo
Ao teu redor desabrochava em rosas...
– Teu futuro está mudo, mudo, mudo,
Não mais terás manhãs maravilhosas!
Entro agora, em silêncio, no teu quarto
Onde tudo ainda está como deixaste.
Para mim é difícil este parto,
– Rosa arrancada abruptamente d’haste...
Retratos espalhados pela cama,
O chinelo em que andavas sem alarde,
Lençóis bordados, bibelôs e a chama
De uma vela apagada que não arde.
Na penteadeira estojos de pintura,
Um livro de poesias que eu, um dia,
Te ofertei com carinho e com ternura...
(Eu dar poesias para uma Poesia!)
Tudo é teu e mais nada te pertence
Já que não mais estás aqui presente.
Por mais que eu me torture, chore, pense,
Para sempre estarás de mim ausente.
A tua cama desmontar iremos,
Teu quarto agora vai ficar vazio...
– eu barco não precisa mais de remos
Pois flutuando vai seguindo o rio...
Há frio na minh’alma, atra amargura,
Neste meu coração silêncio, tédio...
Sem ti a vida me será bem dura
E para a solidão – não há remédio...
Eu irei visitar tua morada
Mas tudo me será bem diferente:
Nada tu me dirás, ai, nada, nada,
O teu silêncio e fará presente.
Querida Amiga, nada mais existe
Do que a recordação... do que a Saudade
Que deixa o coração no peito triste
E triste fica cheio de ansiedade.
Não mais irei ouvir os teus conselhos;
Mas parece que vejo ainda teu rosto
Refletido no brilho dos espelhos
Onde te embelezavas com bom gosto.
Quando á tarde, Gounod, na Ave-Maria
Preludiar a noite em seus recamos,
Eu irei te escrever uma Poesia
Para o tempo lembrar que nos amamos...
E se tu, no Silêncio e na Quietude
Escutares meus versos, como prece,
Lembra de nossa linda juventude
E um beijo manda a quem jamais te esquece...
14.05.1986
Esio Antonio Pezzato
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6 COMENTE AQUI:
Esio Poeta, seus versos têm inspiração para dar, vender, emprestar. Ler seus versos é voar, viajar para plagas distantes. Ler seus versos é acariciar a alma.
Ana Luisa sempre sua fã.
Bela homenagem, bem sei como é triste perder quem a gente ama.
Tania
De todos os Blogs visitados por mim, esse é o que mais ensina como fazer versos de qualidade, sensibilidade e amor. Parabéns
Milena RJ
Que maravilha, sonetos construídos com o coração e alma parabéns sr Pezzato
Reinaldo RO
Passei por aqui, para ficar um minuto, mas seus sonetos são tão cativantes que acabei por ficar horas. Adriana Estevão SP
bravo!!! poeta, meus aplausos
Jose Carlos SP
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