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23 de abril de 2010

FRAGMENTOS DE INFÂNCIA - SEMEADURA




Fragmentos de Infância


Lembranças, quantas lembranças
Dos tempos que lá se vão...
(Guilherme de Almeida)

Oh, que saudade que tenho
Da aurora da minha vida
(Casimiro de Abreu)



A Saudade é como um sino...
Badala um som argentino
Dentro de meu coração.
E enquanto bate, badala
Uma saudade que fala
Numa tristonha canção...

Em seu badalar me acorda,
E vai desfiando a corda
De uma saudade fugaz;
Uma saudade que insiste
Em deixar minh’alma triste
E que em prantos se desfaz.

Lembro – perdida a distância
A minha adorada infância
Que entre brumas se perdeu.,
E enquanto badala o sino
Distingo ao longe, um menino!
E este menino – sou eu!

E recordo... e bem sei onde:
Foi lá, na rua Visconde
Que minha Infância vivi...
Trepava nos pés de mangas,
Deitava a chupar pitangas
E imitava o bem-te-vi.

De todos vivia Amigo
E vinham brincar comigo
Lúcio, Bolacha, Didis.
E agora, triste, pergunto:
Por que não trago mais junto
Os tempos que fui feliz?!...

Cada um de nós era Artista:
Um ia se maquinista
Para andar sempre de trem...
Um outro ia ser pedreiro,
(O Lúcio hoje é Engenheiro!)
Eu procuro ser alguém...

No tempo do mês de agosto
Batia um vento no rosto
Mas mesmo assim, todos nós,
Soltávamos papagaios,
Que, ligeiros, como os raios,
No céu lembravam cipós.

Tinha época para tudo:
Girar arco, jogar ludo,
Jogar bolinhas, peões...
Às vezes, nos ribeirinhos,
Íamos caçar peixinhos,
Em junho – soltar balões...

Quando dezembro chegava
Meu pai sempre nos levava
A caçar papa-capim.
Mas hoje, quando me vejo,
Ainda cheio de desejo,
Tenho saudade de mim.

(A saudade é um tronco tosco!)
No Oratório do D. Bosco
Nós todos éramos reis!
Ai, que saudade que guardo
Do amado Padre Eduardo
Que era tão cheio de leis...

– Menina era proibida...
Somente sóbria vestida
Poderiam freqüentar
As missas da sete e meia...
E o grande pátio de areia
Era também nosso lar...

Alegre, no mês de maio
(Hoje, às vezes, me distraio...)
Ajudava a procissão
Da Senhora Auxiliadora,
Que era a primeira Senhora
De quem quer fosse Cristão!

Éramos todos – coroinhas,
Cantávamos as ladainhas
E toda a missa em latim.
O “Tantum Ergum” na Bênção...
– Turíbulos ainda incensam
As imagens de marfim...

Antes da reza o recreio,
Depois o cinema cheio
Com os filmes de Tarzan...
Tinha o macaquinho Chita,
E aquela moça bonita
Sempre ao lado do galã..
..............................................

O tempo era sempre curto...
Mas hoje ainda sempre furto
Momentos para sonhar,
E sonhando vou vivendo,
Porém, nunca me esquecendo
Do que é bom de recordar...

23.09.1981




Esio Antonio Pezzato

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